Meltech, desenvolvida pelo Biotechtown, usa produtos tipicamente brasileiros e processos de alta tecnologia desde a produção ao controle de qualidade
Por Renato Carvalho/SIMI

Você já ouviu falar do kombucha? O nome parece um pouco diferente? Pois te explico agora. Kombucha é o nome dado a um tipo de chá fermentado, produzido com ingredientes naturais, que conta com características probióticas – que contêm microrganismos vivos cuja ingestão traz benefícios à saúde. Essas bebidas podem ser doces, secas, amargas, alcoólicas ou mais suaves, dependendo da forma como são preparada.
O kombucha é o produto principal da startup Meltech, atualmente investida e desenvolvida pelo Biotechtown. A empresa, nascida em Mossoró (RN), atua na área de biotecnologia e desenvolve produtos alimentícios naturais e fermentados com apelo funcional. “Nossos produtos são derivados de matérias-primas tipicamente brasileiras por meio de processos melhorados e com alta tecnologia envolvida desde a produção ao controle de qualidade”, conta Elias Gallina, CEO da startup.

O diferencial das bebidas da Meltech, no entanto, está na maneira como são produzidas. A startup, que detém patente dos processos, utiliza apenas a erva-mate como base para a produção de todos os sabores. A empresa avalia a composição microbiana do kombucha, promovendo padronização de sabor e maior segurança. “Conseguimos obter um produto mais estável, não requerendo cadeia fria para distribuição e com vida de prateleira prolongada – dois meses em temperatura ambiente e até um ano refrigerado” explica Gallina.
Segundo ele, os kombuchas produzidos pela startup são mais suaves, de menor acidez e com sabor melhor, mesmo com pouco açúcar. “Isso faz com que seja mais seguro o consumo diário, pois é menos agressivo ao estômago”, completa. Além disso, os microrganismos que permanecem vivos na bebida ajudam a equilibrar a microbiota intestinal, a combater bactérias patogênicas e a melhorar a função intestinal.

Hidromel
Os hidroméis também fazem parte do portfólio da empresa e contam com processos de produção patenteados. O produto é resultado da fermentação de mel diluído em água e apresenta teor alcoólico entre 4 e 14% v/v. Apesar de ser uma das bebidas mais antigas da humanidade, não se tornou muito popular por necessitar de meses ou até anos para ser obtida.

De acordo com Gallina, os hidroméis produzidos pela Meltech são obtidos em uma fração do tempo tradicional. “Realizamos a fermentação em apenas sete dias e a maturação em 15, enquanto na produção tradicional esses processos duram, no mínimo, dois e seis meses respectivamente. Fazemos isso sem uso de aditivos ou perda de qualidade”, destaca.
Atuação e futuro
Por enquanto, a Meltech atua em três estados do nordeste brasileiro: Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba. A startup está tracionando suas vendas e pretende, ainda neste ano, lançar novos produtos. A empresa quer se consolidar como uma referência regional e iniciar suas atividades no mercado externo.
Apoio do Biotechtown
A startup chegou ao Programa de Desenvolvimento de Negócios do Biotechtown em outubro de 2018, quando passou pelo BioSPRINT, uma fase inicial de desenvolvimento de negócios e nivelamento. “O programa tem nos auxiliado a evoluir como negócio. Assim como boa parte das startups de biotecnologia, nosso time é enxuto e de expertise técnica. Por mais que a Fernanda Matias, nossa idealizadora, tenha se especializado em inovação, ainda precisávamos de ajuda nas demais áreas da empresa”, finalizou Gallina.
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