Projeto da Newton Paiva, que fomenta o empreendedorismo entre advogados, conta com o apoio da OAB, Fiemg e Sebrae
Por Renato Carvalho/Simi
A primeira edição do Programa Advogado Empreendedor, da Newton Paiva, premiou dia 11 os três melhores projetos na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Belo Horizonte.
Com a presença de representantes do Centro Universitário, OAB, Fiemg e da SECTES – Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, dois concorrentes fizeram suas apresentações. O Lex Jud, projeto de Gabriela Canabrava e Ronaldo Rosa Jr., foi considerado o melhor da primeira edição do Programa. Antes de chegar até ali os projetos passaram por fases classificatórias e três foram selecionados para a banca final.
O Lex Jud surgiu de um problema que os advogados individuais ou em pequenas sociedades vivenciam em seu dia a dia. São inúmeras demandas, como atendimento a clientes, cumprimento de prazos, controle de agenda, audiências, assim como cuidar da parte financeira e administrativa do escritório. Tudo isso junto se torna difícil de administrar. Dessa forma, o Lex Jud concentra todas as informações necessárias em uma só plataforma, que pode ser acessada em qualquer dispositivo.
“Vencer esse programa representa a conclusão de um aprendizado e de uma experiência inovadora para a gente da área do Direito. Agregamos muito valor e aprendemos muita coisa nesse tempo. Descobrimos possibilidades que não vislumbrávamos antes”, explicou a dupla vencedora que agora batalha para conseguir um investidor e tirar o projeto do papel.
Na imagem, os vencedores da primeira edição do programa Advogados Empreendedores
O membro do Centro Newton de Empreendedorismo (CNE) e um dos idealizadores do programa, Leonardo Ávila, conta que a ideia do projeto surgiu ao observar que o profissional de Direito tende a se voltar para concursos públicos. “Não tinha uma vocação empreendedora”, destacou. O mesmo foi abordado pelo representante da OAB, Adriano Cardoso. “Os alunos acabam ficando presos às questões aparentemente intelectuais do curso e não sabem como lidar com o mercado de trabalho que está cada vez mais competitivo”, opinou.
Já o Gerente de Carreira Industrial da Fiemg e responsável pela aceleradora Fiemg Lab, Luiz Cláudio Lopes, aponta o Direito como um ponto de apoio no desenvolvimento de novos negócios. “Há várias tecnologias vindo aí que não têm uma legislação específica. O Direito vem para nos apoiar no desenvolvimento legal e ético desses projetos”, disse.
O secretário adjunto de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Vinícius Rezende, acredita que a participação da academia, indústria, empresas privadas e entidades de classe no fomento ao empreendedorismo ajudam o Estado a atingir o objetivo de desenvolvimento social e econômico por meio da inovação. “Na advocacia nós temos diversos entraves para o empreendedorismo. É uma profissão clássica. Mas ao mesmo tempo o profissional que não for empreendedor vai ficar para trás. Esse tipo de evento nos ajudam a atingir, num futuro próximo, a ideia de tornar Minas Gerais um lugar certo para inovar”, avaliou.
As inscrições para a segunda edição do Programa Advogado Empreendedor já estão abertas e vão até o dia 19 de agosto. Inscreva-se!
Fotos: Renato Carvalho/Simi
Fonte: