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Sul de Minas se destaca na produção e inovação tecnológica

Centros universitários do Sul do estado desenvolvem pesquisas e criam dispositivos que facilitam a produção local, evoluindo a tecnologia na região


Por Da redação

 “A Universidade Federal de Lavras (Ufla) é uma das maiores captadoras de recursos para pesquisa”

A tecnologia está em tudo. Cada dispositivo do nosso cotidiano, dos mais simples aos mais complexos, foi desenvolvido por meio de pesquisa. A relevância dessa área para o desenvolvimento da sociedade levou as universidades do Sul de Minas a investirem cada vez mais e se destacarem na produção de tecnologias que impactam na produção industrial e agrícola da região.

“A Universidade Federal de Lavras (Ufla) é uma das maiores captadoras de recursos para pesquisa”, informa o coordenador da Regional Centro-Sul do Colégio de Instituições de Ensino (CIE) do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-Minas), engenheiro eletricista Giovanni Francisco Rabelo. Ele, que também é professor da Ufla, destaca que parte considerável das pesquisas se concentra em áreas como agricultura e pecuária, atendendo a vocação da região.

Em 2015, a universidade contava com cerca de 500 pesquisadores em projetos com participação de mais 1.500 estudantes de pós-graduação e 750 de iniciação científica. Desta última categoria, 500 são bolsistas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e de outros parceiros. O assessor de Empreendedorismo e Inovação da Ufla, Luiz Gonzaga de Castro Junior, conta que existem oito empresas incubadas na universidade. “São startups provenientes de projetos da Ufla. A previsão é, no mínimo, dobrar este número até 2017. Também temos, atualmente, 92 pedidos de depósitos de patentes”, informa Luiz.

Além de um parque tecnológico com mais de 10 mil metros quadrados previsto para o segundo semestre de 2016, a Ufla também desenvolve parceria com empresas privadas. Em 29 de fevereiro de 2016, foi assinado um protocolo entre a universidade e o instituto francês Vehicule Decarbone et Communicant et de as Mobilité (Vedecom), para o desenvolvimento de veículos que se desloquem pelas vias sem a presença de um motorista.

Giovanni ressalta que o apoio de órgãos como o Crea-Minas ajudam a fomentar e dar visibilidade para a pesquisa desenvolvida dentro das instituições. “O Colégio de Instituições de Ensino prioriza a formação e a qualificação com investimentos em parcerias e estímulo à produção de protótipos. O Crea divulga e apoia os trabalhos por meio de projetos como a Feira de Ciências e Inovações Tecnológicas (Feicintec)”, comenta.

Na última Feicintec, em 2015, o Crea-Minas selecionou três trabalhos da região, sendo eles o “Triciclo para cadeirantes”; a “Limpeza e inspeção de dutos de ar condicionado com robô Rover”; além do “Sistema de troca de marchas sequencial” para automóveis com câmbio manual, todos da Universidade Unis, de Varginha. Para o coordenador do curso de engenharia mecânica da instituição, Alexandre de Oliveira Lopes, iniciativas como esta abrem novas possibilidades de contribuição para a inovação produzida localmente. “O reconhecimento dado pelo Crea, órgão máximo da nossa área de atuação, ajuda não apenas a disseminar conhecimento mas inspira outros alunos a trabalharem em novas ideias”.

Alexandre, que também é conselheiro da Câmara Especializada de Engenheira Mecânica e Metalúrgica do Crea-Minas, destaca que uma das novidades está no setor de simulação. “Desenvolvemos métodos para simular se um produto atende padrões de qualidade, segurança e ergonomia antes que ele seja produzido. Conseguimos criar protótipos em uma impressora 3D e confirmar a qualidade antes que a produção seja feita em escala, com uma economia considerável”, informa o engenheiro. A região também conta um parque industrial diversificado, localizado próximo a Varginha, com empreendimentos nas áreas automobilística, farmacológica, de beneficiamento de café, agropecuária e agricultura.

*Com informações do CREA/MG

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