Pequenos produtores, que somam 80% do montante de café produzido no estado, serão os maiores beneficiados
Por Redação
Responsável pelo cultivo de aproximadamente 50% do café tipo exportação, Minas Gerais é o maior produtor do fruto no Brasil. Com a intenção de melhorar a qualidade da produção, pesquisadores da Universidade Federal de Lavras (UFLA) estão desenvolvendo um projeto que busca orientar os produtores mineiros no plantio de cafés especiais.
Apoio à ciência
Com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), a pesquisa tem o objetivo de criar uma base de dados para auxiliar os produtores mineiros em suas plantações. “A gestão da informação e do conhecimento é um recurso valioso para a sociedade e para o setor cafeeiro, e neste projeto integraremos uma Base de Dados Relacional. Nela, são inseridos dados relativos aos atributos físicos, químicos e sensoriais de cafés das quatro regiões do Estado de Minas Gerais. A maioria dos dados foi e está sendo obtida pela análise de cafés do Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas, organizado pela Emater, em parceria com a UFLA”, explica a pesquisadora Rosemary Gualberto, coordenadora do projeto Cafés Especiais do Estado de Minas Gerais: criação de base de dados integrada.
Fortalecendo o pequeno produtor
Hoje, aproximadamente 80% do café produzido em Minas Gerais são oriundos de empresas cafeeiras de pequeno porte, que não têm condições de investir em grandes estudos. Assim, ações conjuntas de ensino, pesquisa e extensão como esta, têm contribuído para a melhoria da qualidade do café produzido no Estado. Os resultados têm servido de incentivo para os cafeicultores, como explica Rosemary: “A divulgação dos resultados aos produtores estimulam e incentivam a melhoria contínua nas práticas agrícolas e pós-colheita, resultando em cafés com melhor qualidade e preço. No meio científico, nossas publicações consolidam e valorizam os cafés do nosso Estado, no Brasil e em âmbito internacional”, afirma.
O desafio inicial do projeto era trabalhar com investigações de metodologias objetivas e diferenciadas para avaliação de qualidade que unem várias áreas do conhecimento. Agora, como destacado pela pesquisadora, “o desafio será a implementação, disponibilização e atualização contínua da base de dados, uma vez que será necessário viabilizar recursos humanos qualificados para sua efetivação”, ressalta.
*Com informações de Fapemig e Agência Inova Café
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