Durante uma semana, elas participarão de rodadas de negócios, além de fazer networking com startups locais
Por Redação

Em outubro, seis startups mineiras vão invadir a casa da nossa vizinha, Argentina, acompanhadas de mais 11 empresas brasileiras para participar de uma rodada de negócios e conhecer as particularidades do mercado argentino. Apesar de a viagem ser somente em outubro, o processo já começou com contato com investidores e mentorias individuais.
Desde um aplicativo que auxilia produtores de leite até uma sofisticada prestação de serviços na área de biotecnologia. A diversidade de produtos e serviços do mercado mineiro mostra a maturidade das startups locais.
Com sede em Itajubá, no Sul de Minas, a Safe Trace atua na rastreabilidade de alimentos. A partir da carne comprada no supermercado, por exemplo, é possível saber a procedência do gado, o período do abate e até mesmo se a fazenda responsável responde a alguma denúncia de trabalho escravo.
Segundo os funcionários, este modelo completo foi implantado em 2016 e tem como clientes grandes hipermercados. Além disso, eles contam com cerca de 40 mil empresas cadastradas. “Muitos frigoríficos com as quais trabalhamos já atuam na Argentina. Essa internacionalização vai potencializar nosso trabalho”, informa o diretor de Novos Negócios, Vasco Varanda Picchi.
Ainda no setor agropecuário, a 4 Milk criou um aplicativo que substitui a chamada folha de campo. Por meio de dispositivos móveis, o próprio trabalhador anota a quantidade de leite produzida por animal, agenda vacinações e outros procedimentos veterinários. Tudo diretamente do curral. As informações ainda podem ser compartilhadas com outros envolvidos na cadeia de produção.
O projeto que teve início no ano passado já possui mais de 6 mil usuários, segundo a empresa. “Agora é a vez de prospectarmos mercado na Argentina”, estima a gerente Ana Júlia Moreira, que também conta com clientes no Paraguai e no Equador.
Resíduos
Unir as duas pontas no mercado de resíduos – quem tem produtos a descartar e quem tem interesse em comprar. O grupo Verde Ghaia começou no ano passado, mas já conta com mais de 200 geradores (quem descarta os resíduos) e outros 700 tratadores (quem adquire e dá outra destinação aos resíduos).
Biotecnologia
Uma empresa que começou fazendo testes de comprovação genética de alimentos, a Myleus Biotecnologia também está alçando voos mais altos. A Myelus Facility oferece serviços de complexa tecnologia em análises laboratoriais e emite resultados digitais, após receber as amostras. É como se fosse um laboratório de análise terceirizado, porém, dotado de equipamentos de última tecnologia e uma equipe repleta de doutores e mestres em suas especialidades, entre elas a biologia e a genética.
Genuinamente mineira, a empresa foi criada em 2010 e já conta com 300 clientes.“Entender melhor o mercado argentino é importante para nós. Dada a proximidade entre os dois países, nossa prestação de serviços é viável”, calcula a executiva Marcela Drummond.
Novos modelos de negócios após a internet
Fruto dos novos modelos de negócios surgidos após a internet, a Lett Insights e Track Sale também embarcam para Buenos Aires. A Lett monitora a venda de produtos em tempo real, verificando preços, disponibilidade de produtos e interferindo até na qualidade das imagens divulgadas no site de vendas de gigantes como a Nestlé e a LG.
Já o forte da TrackSale é o pós-venda. Uma plataforma elabora entrevistas que são enviadas ao clientes após a compra ou aquisição de serviços. De posse destes dados, os clientes recebem uma classificação de acordo com parâmetros internacionais. Assim, ele é atendido em suas dúvidas e necessidades em menor tempo possível.
Fonte: Hoje em Dia