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Startup criou a carne que vamos comer no futuro

Segundo a Hampton Creek, a carne do futuro utilizará menos terra, menos água, nenhum antibiótico, hormônio e sem chances de acarretar doenças animais


Por Redação

Crédito: Hampton Creek/Divulgação

A pecuária provoca diversos prejuízos ambientais ao ecossistema: desmatamento de coberturas vegetais naturais, compactação do solo, redução da biodiversidade regional, elevado consumo de água e produção, liberação de gás metano pelo gado são alguns deles. Além disso, a prática contribui para o desenfreado sacrifício de animais. Somado a esse cenário de produção, está o consumo do alimento elevado e restrito às classes mais abastadas. Diante dessa realidade mundial, o  advogado norte-americano Joshua Tetrick fundou a Hampton Creek, uma startup de alimentação sustentável.

Durante a infância, o empresário vivenciou as dificuldades de se comer bem com pouco recurso financeiro. ”Nos momentos em que tínhamos alguns dólares no bolso, comíamos refeições saborosas e acessíveis, ou seja, fast-food. E, normalmente, quando o alimento tem um sabor e bom e um preço ok, ele também é dotado da capacidade de aumentar riscos de doenças crônicas e acelerar mudanças climáticas. Mas eu só percebi isso quando já era adulto.”

Mas, de acordo com Tetrick, essa realidade foi contestada enquanto realizava um trabalho voluntário na África subsaariana. De volta aos Estados Unidos, com aproximadamente R$ 6 mil (US$ 3 mil) em seu saldo bancário, o advogado decidiu tentar resolver o problema da produção de carne no mundo e recorreu a seu amigo, Josh Balk. Juntos, em 2011, a dupla criou a startup Hampton Creek.

Sediada na Califórnia, a Hampton Creek tem como objetivo construir um método que permita que todos possam se alimentar bem, ou seja, consumir alimentos nutritivos, alimentos que fortalecem o planeta, “que sejam excepcionalmente saborosos e acessíveis a todos”, diz o CEO.

Com um catálogo de produtos presentes em 20 mil lojas espalhadas pelos Estados Unidos e pela Cidade do México – o sucesso do momento é a maionese vegana. Mas o maior e mais ambicioso projeto é a criação da carne sintética, que será produzida em laboratório e com previsão de ser lançada até o final de 2018.

Para desenvolver o alimento, o grupo de pesquisas da empresa – composto por bioquímicos, biólogos computacionais, chefs gastronômicos e engenheiros – está estudando o reino vegetal, catalogando os componentes das plantas, legumes e vegetais e explorando as proteínas, gorduras boas e nutrientes destes alimentos.

De acordo com o fundador, a carne e os frutos do mar são, basicamente, uma combinação de células musculares e de gordura que precisam de nutrientes para crescer. “E nós encontramos nas plantas uma fonte de nutrientes sustentável e econômica. Assim, as plantas “alimentam” as células para carne e frutos do mar, produzindo alimentos sem confinar ou abater um único animal, com redução de emissão de gases de efeito estufa e uso de água”. Com o recente aumento populacional e busca por recursos, a Hampton Creek apresenta a carne animal feita a partir de nutrientes vegetais.

A “carne limpa” da Hampton Creek ainda não saiu de dentro do laboratório, mas a previsão é que o lançamento do produto, que possivelmente será frango, chegue ao mercado dos Estados Unidos até o final de 2018.

E tem novidade vindo antes da carne. A startup vai introduzir no mercado o “Just Scramble”, um substituto de ovo. Feito à base de feijão, o ovo contém 20% a mais de proteína que um ovo de galinha, “sem colesterol e sem usar ingredientes lácteos ou animais”, afirma o CEO.

Desde a criação da startup até os dias atuais, a Hampton já acumulou aproximadamente R$ 660 milhões (220 milhões de dólares) com investimentos externos.

Fonte: PEGN

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