Construtora participará da reestruturação da cidade de Mascate, com a construção de dois prédios de 30 andares
Por Pedro Matos/SIMI
Com cerca de 4,5 milhões de habitantes e um território do tamanho de Goiás, Omã é um país árabe conhecido por manter as tradições e costumes milenares de seu povo. Uma das iniciativas do Sultão, chefe de estado do país, para preservar a identidade local era a proibição de prédios acima de sete andares, se diferenciando de países da região famosos pelos arranha-céus nas grandes cidades, como Emirados Árabes Unidos e Catar.
Mas essa restrição em relação a construções está, aos poucos, sendo quebrada. Foi justamente nesse contexto que a jovem empresa mineira Martini Saback, de apenas um ano, se inseriu no país.
A empresa atua no ramo de construção civil e foi criada a partir de uma ideia inovadora: casas pré-fabricadas com estruturas metálicas de baixo custo e de rápida montagem. Inicialmente o foco dos empresários era entrar para o programa Minha Casa Minha Vida, mas o contato com um representante do grupo Al Bashri International, de Omã, mudou o rumo dessa história.
“Conhecemos um senegalês responsável por encontrar empresas na América do Sul para eventuais negócios com o grupo Al Bashri. A partir de então, com o apoio da Fenix Construções Elétricas, que já tinha esse contato, começamos a viabilizar nossa entrada em Omã”, explica o CEO, Taynan Saback, de 23 anos.
Um dos grandes desafios iniciais destacados pelo jovem empresário foi compreender a cultura local e conseguir espaço no restrito mercado do país. “As relações empresariais em Omã acontecem de maneira muito próxima, quase familiar. Quando fui para lá, jantei na casa dos xeiques e empresários. Mas isso foi importante para conquistar a confiança deles. Hoje sou amigos de muitos”, comenta Saback.
Inicialmente, a empresa ficará responsável pela construção de duas torres de 30 andares em Mascate, na capital de Omã. Elas estarão entre os primeiros prédios do porte no país. “A reestruturação de Mascate acontecerá de maneira gradativa. Primeiro vão construir torres de 30 andares, depois de 50, 80, 100 e até mais de 120 andares ao longo dos próximos anos”, explica.
Além da construtora mineira, a única empresa brasileira presente em Omã é a Vale. O jovem empresário quer aproveitar a oportunidade para criar uma Câmara de Negócios entre Brasil e o país árabe. “Queremos captar negócios e empresas que queiram ir para Omã. Temos contatos e podemos servir de apoio para brasileiros”, argumenta Saback.
A empresa negocia também a exportação de casas de estruturas metálicas para a Índia. A previsão é que a exportação comece em janeiro de 2018. Serão enviadas estruturas metálicas em caixotes acompanhados de manual de instruções. A ideia é que as pessoas consigam montar suas casas de maneira prática e com um baixo custo.
FINIT
O empresário destaca que ficou muito feliz em participar da Feira Internacional de Negócios, Inovação e Tecnologia (FINIT), que aconteceu no início de novembro, no Expominas, em Belo Horizonte. “Foi um prazer participar do evento, pois fiz contatos com diversas empresas e startups. A FINIT foi uma oportunidade para fazer negócios de qualidade com excelentes preços. No próximo ano queremos ajudar a patrocinar a feira”, afirma Saback.
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