Plataforma desenvolvida pelas meninas vai ajudar refugiados sírios no Brasil; projeto vai concorrer no programa Technovation Challenge
Por Renato Carvalho/SIMI

A guerra tem feito com que muitos sírios busquem refúgio em outros países, inclusive o Brasil. Segundo dados do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur), mais de 5 milhões de cidadãos da Síria deixaram seu país em busca de segurança.
Diante dessa realidade, uma equipe de Passos, no interior de Minas Gerais, decidiu por desenvolver um aplicativo para auxiliar sírios em terras brasileiras. Tudo começou com o incentivo da ex-agente de inovação da Sedectes, da região do Sudoeste de Minas Gerais, Gabriela Vilela, que viu em três jovens potencial para desenvolver o projeto.
As jovens Lais Cruz, de 16 anos, Karine Beltrão, 16, e Gabriella Alux, 18, estão desenvolvendo o app e vão participar do programa internacional Technovation Challenge, que tem como objetivo inspirar e educar garotas a solucionar problemas reais da sociedade.
“Uma das minhas missões como fomentadora do meu ecossistema é repassar meu conhecimento para as meninas. Podemos fazer a diferença no mundo. Já tivemos várias representantes do Brasil neste projeto, mas acredito que nunca enviamos uma equipe mineira para a grande final nos EUA. Nós acreditamos no potencial dessas meninas”, afirmou a agente.
A plataforma, além de contribuir com a inserção dos sírios na cultura brasileira, vai ajudá-los a compreender o português e também ajudar com informações sobre o funcionamento dos sistemas de saúde. O aplicativo pretende, ainda, destacar os direitos dos refugiados e ajudar brasileiros a entender os modos árabes.
Além de contar com o apoio da agente de inovação, o grupo conta com mentoria da paulista Lais Harumi Fukujima Aguiar, estudante de engenharia elétrica, com ênfase em eletrônica, da Universidade de São Paulo (USP).
Segundo Gabriella Alux, participar do projeto é muito positivo. “Percebi o quanto seria ótimo contribuir em um projeto que servirá de apoio para outras pessoas. A participação no concurso não é a respeito das premiações, mas, sim, sobre ajudar e fazer uma ponte entre as pessoas em um caso tão abordado nos últimos tempos”, disse a jovem em entrevista ao portal Folha da Manhã
O projeto será entregue ao Technovation Challenge no dia 25 de abril. Em maio ocorre a fase regional de pitches e, se aprovadas, as jovens seguem para a definição de finalistas, que deve ocorrer entre junho e julho. A expectativa do grupo é ser um finalista nacional e participar da final mundial, em São Francisco, na Califórnia, em agosto.
O vencedor do Technovation Challenge recebe um prêmio de US$ 10 mil, além do suporte para finalizar e lançar o software no mercado.
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