Acesse os dados do ecossistema mineiro de inovação

Acessar SIMI Database

InicialBlogNotíciasEstudo da UFMG seleciona volun...

Estudo da UFMG seleciona voluntários para testar medicamentos contra HIV

Objetivo é saber se medicamento produzido pela indústria nacional tem mesma eficiência de produto importado


Por Redação

Medicamento Truvada, importando dos EUA, é o mais difundido no mercado brasileiro
Crédito: NIAID/Flickr

Um estudo realizado por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) vai comparar dois medicamentos que são considerados equivalentes para a Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP), um método de prevenção à infecção pelo vírus da Aids.

A PrEP é uma pílula antirretroviral que forma uma barreira química e impede a infecção por HIV. Seu uso deve ocorrer diariamente e depende de prescrição e acompanhamento médico. Se tomado corretamente conforme as orientações, sua proteção pode alcançar percentual próximo a 100%. Especialistas recomendam que o método deve ser combinado com outras medidas, incluindo o uso de preservativos, que protege contra as demais doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).

A marca mais difundida no mercado internacional é o medicamento Truvada, da empresa norte-americana Gilead. Trata-se de uma associação dos fármacos Emtricitabina e Tenofovir importada e distribuída pelo SUS.

Por outro lado, alguns laboratórios brasileiros produzem um medicamento que já foi apontado como equivalente pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Trata-se da associação entre Lamivudina e Tenofovir. No Brasil, porém, a combinação desses dois fármacos não é usada para a PrEP, mas geralmente é prescrita para mães grávidas soropositivas, pois atua para impedir a transmissão do vírus ao bebê.

A ideia dos pesquisadores é entender se o Tenofovir associado à Lamivudina tem a mesma eficiência quando associado à Emtricitabina. Dessa forma, o resultado poderia dar segurança para que a combinação pudesse ser usada para a PrEP pelo governo brasileiro, privilegiando a indústria nacional.

A pesquisa da UFMG, no entanto, se classifica como um estudo clínico de fase 2, que avaliará a segurança e aceitabilidade da medicação. A eficácia é analisada com mais detalhamento na fase 3, que envolve um número maior de pessoas, embora algumas sinalizações já possam ser observadas na fase 2.

Recrutamento

Para realizar o estudo, o grupo de pesquisa está recrutando voluntários para executar os testes com os medicamentos. Podem participar homens que fazem sexo com outros homens e pessoas trans com pelo menos 18 anos.

Os interessados devem buscar o Centro de Referência em Doenças Infecciosas e Parasitárias Orestes Diniz, no centro de Belo Horizonte. Haverá uma triagem e serão selecionadas 200 pessoas. Metade delas fará uso de um dos medicamentos e a outra metade do outro. Os participantes não saberão qual versão estarão tomando. O acompanhamento se dará ao longo de 12 meses.

Fonte: Agência Brasil

Calendar

julho 2025
D S T Q Q S S
 12345
6789101112
13141516171819
20212223242526
2728293031  
Cesta De Compras