País ocupa agora o 64º do ranking com 124 nações; gastos com pesquisa e desenvolvimento foram importantes
Por Redação

O brasileiro já tem um novo motivo para comemorar e não tem nada a ver com futebol. É que o Brasil acaba de subir cinco posições no ranking mundial de inovação elaborado pela Universidade de Cornell, pela escola de negócios Insead e pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI). Após dois anos estagnado, em 2018 o país saltou do 69º para o 64º lugar, entre 126 nações listadas. Esta é a melhor classificação em quatro anos.
Mesmo com a arrancada, a maior potência econômica da América Latina e Caribe ainda ficou atrás dos vizinhos Chile (47ª posição), Costa Rica (54ª) e México (56ª).
Segundo o estudo, a melhora do índice brasileiro se deve, principalmente, por investimentos em pesquisa e desenvolvimento, importações e exportações de alta tecnologia e pela qualidade das publicações científicas nacionais, especialmente as originárias da Universidade de São Paulo (USP), Universidade de Campinas (Unicamp) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
No entanto, ainda de acordo com o levantamento, o país decepciona na formação de cientistas e engenheiros, no crédito, investimento, produtividade e criação de novos negócios.
Liderando o ranking está a Suíça pelo oitavo ano consecutivo. O país se destaca nos indicadores de registro de patentes e também na indústria de média-alta tecnologia. Além disso, é um dos países que mais investe em pesquisa em desenvolvimento e em universidades de qualidade.
Destaques dos países mais bem-posicionados da América Latina e Caribe:
Chile
Qualidade regulatória
Matrículas no ensino superior
Acesso a crédito
Empresas que oferecem treinamento
Abertura de novas empresas
Fluxos de entrada e saída de investimentos externos diretos
Costa Rica
Gastos com educação
Acesso ao crédito
Produção por trabalhador
Valor pago por uso de propriedade intelectual
Exportações de informações e serviços de tecnologia da comunicação e mídias
México
Facilidade de obtenção ao crédito
Fabricação técnica
Importações e exportações técnicas
Exportações de bens criativas
Brasil
Gastos com pesquisa e desenvolvimento
Importações e exportações líquidas de alta tecnologia
Qualidade das publicações científicas
Confira quais são os 20 primeiros do ranking:
Suíça
Países Baixos
Suécia
Reino Unido
Singapura
Estados Unidos
Finlândia
Dinamarca
Alemanha
Irlanda
Israel
República da Coreia
Japão
Hong Kong
Luxemburgo
França
China
Canadá
Noruega
Austrália
O ranking Global Innovation
O Global Innovation Index GII classifica 126 economias a partir de 80 indicadores, que vão desde as taxas registro de patentes até a criação de aplicativos para smartphones, gastos com educação e publicações científicas e técnicas. São levados em consideração dados sobre as instituições de cada país, sobre capital humano e pesquisa, infraestrutura, sofisticação do mercado e das empresas, além do desenvolvimento de produtos tecnológicos e criativos.
O índice é calculado pela PricewaterhouseCoopers (PwC) e tem o apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Fonte: G1