Parker Solar Probe vai estudar a coroa solar e a origem dos ventos solares
Por Redação

Foi lançada neste domingo, dia 12 de agosto, da base de Cabo Canaveral, na Flórida, a Parker Solar Probe, uma sonda da NASA que tem como objetivo estudar os ventos solares e a atmosfera externa do Sol, também chamada de coroa solar. Para isso, a sonda fará inéditos voos “rasantes” no astro-rei.
Para suportar a aproximação, a Parker Solar Probe foi equipada com um resistente escudo térmico capaz de protegê-la da radiação solar e suportar temperaturas de quase 2 mil ºC. A sonda conta ainda com um sistema autônomo para esconder as partes internas de qualquer iluminação direta, corrigindo a posição para que os equipamentos a bordo sempre permaneçam à sombra do escudo.
A nave é a primeira a levar o nome de uma pessoa viva, homenageando o astrofísico solar americano Eugene Parker, que na década de 1950 fez grandes avanços teóricos na compreensão do vento solar, uma corrente de núcleos atômicos, elétrons e outras partículas que viajam pelo Sistema Solar a aproximadamente três milhões de quilômetros por hora.
Logo, entender todo o processo que gera o vento solar é de fundamental importância, uma vez que a Terra se encontra bem no caminho dessas rajadas. Tempestades solares intensas podem danificar satélites e até mesmo afetar as redes de energia na superfície terrestre.
A Parker Solar Probe também buscará respostas para um intrigante mistério: a atmosfera externa do Sol é cerca de 300 vezes mais quente do que a superfície solar. Para se ter uma ideia, é como se o entorno de uma fogueira fosse incrivelmente mais quente do que as chamas.
A nave, no entanto, conseguirá atravessar a coroa sem derreter graças ao espaçamento que existe entre as partículas na região. Na coroa solar, as partículas estão se movendo extremamente rápido, mas a quantidade de partículas por volume é bem pequena. Isso viabiliza a missão.
Recorde
Além de todo o material científico que será produzido durante a missão, a Parker Solar Probe também entrará para a história graças à sua velocidade. Por causa da gravidade solar, a nave deve atingir incríveis 700 mil km/h, feito inédito para qualquer objeto construído pelo homem.
A missão durará até 2025 e dará 25 voltas em torno da estrela, mas seu funcionamento poderá ser prorrogado enquanto os painéis solares e os propulsores responsáveis de manter o escudo térmico sempre voltado para o Sol funcionarem. O projeto está sendo desenvolvido há oito anos, com um gasto total de US$ 1,5 bilhão.
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