Desaceleração do nosso planeta acontece desde uma grande colisão, há 4,5 bilhões de anos. Gravidade da Lua também afeta a rotação
Por Redação
Os dias na Terra estão ficando mais longos, segundo um estudo publicado na revista Proceedings of the Royal Society. A mudança, no entanto, não é grande, já que aumentam apenas 1,8 milésimo de segundo por século. Para alcançar um minuto a mais em nossos dias será preciso esperar 3,3 milhões de anos.
O estudo analisou as teorias gravitacionais sobre o movimento da Terra ao redor do Sol e da Lua ao redor da Terra. Cientistas perceberam que, no passado, babilônios, gregos, chineses, árabes e europeus medievais observaram eclipses lunares e solares em momentos e lugares diferentes dos que acontecem atualmente.
Eles concluíram que o eclipse solar de 720 a.C, o evento mais antigo já catalogado, não poderia ter sido observado no local onde hoje é o Iraque, e sim em algum lugar na região do oeste do oceano Atlântico.
“Mesmo com as observações (de eclipses no passado) sendo rudimentares, podemos ver uma discrepância consistente entre os cálculos e onde e quando os eclipses realmente foram vistos. Isto significa que a Terra está variando em seu movimento de rotação”, disse Leslie Morrison, participante do estudo e astrônomo aposentado do Observatório Real de Greenwich, ao jornal britânico The Guardian.
Conforme astrônomos, a Terra já teria passado por uma mudança em sua rotação há 4,5 bilhões de anos, quando um corpo celeste do tamanho de Marte se chocou contra o nosso planeta e ejetou o material que formou a Lua.
Neste evento, um dia na Terra pode ter pulado de seis para as atuais 24 horas. Desde então a velocidade de rotação do planeta vem diminuindo. O principal efeito de frenagem vem da gravidade da Lua. A interação entre as marés dos oceanos e os continentes da Terra é também um importante fator, segundo Morrison.
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