Por meio do wireless, dispositivo envia alertas ao próprio idoso, familiares e médicos sobre situações como quedas e anomalias cardíacas
Por Redação

A população brasileira está envelhecendo e isso não é nenhuma novidade. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população está em trajetória de envelhecimento e até 2060 o percentual de pessoas com mais de 65 anos passará de 9,2% para 25,5%. Diante deste cenário, estudantes da Universidade Federal do Paraná fundaram a Smart Aging e agora estão desenvolvendo um dispositivo wearable para monitoramento remoto de idosos que será capaz de detectar situações como quedas e anomalias cardíacas, enviando alertas para o próprio idoso, familiares e médicos.
A ideia surgiu quando os jovens precisavam de um tema para o TCC que estivesse relacionado a tecnologias disruptivas e impactos sociais. Neste momento, “nos deparamos com a dificuldade de um amigo com um familiar idoso. Foi aí que tivemos um insight. Estudando o crescimento dessa população e seu relacionamento com as novas tecnologias, decidimos desenvolver algo focado em melhorar a experiência de comunicação do idoso com seus familiares e entes queridos”, explicam Matheus Augusto Silva e Lucas Henrique Silva, gêmeos e criadores do Smart Aging.
Segundo a startup, o dispositivo é uma pulseira com sensores que se conecta com o aplicativo no smartphone do idoso via wireless, gerando relatórios e alertas que são disponibilizados para pessoas cadastradas. A solução também permite ao idoso cadastrar lembretes para a hora certa de tomar medicamentos e compromissos da sua rotina. Durante a fase de pesquisa do produto, Matheus e Lucas se aprofundaram nesse mercado e conduziram um estudo de segmentação, para minimizar os riscos.
Para Artur Vilas Boas, coordenador do Processo de Aceleração do Academic Working Capital (AWC), programa do qual a startup está participando, as novas tecnologias – como sensores, inteligência artificial e plataformas digitais – oferecem muitos horizontes para a saúde.
“O mercado já chama atenção das gigantes Amazon, Google e Apple, pois existe muita fronteira a ser explorada usando diversas expertises. O mercado nacional ainda é pouco modernizado, porém temos visto algumas tecnologias interessantes surgindo, oferecendo perspectivas de melhoria em processos, em equipamentos hospitalares, em cuidados domiciliares e muito mais. Há muito a ser explorado e jovens com boas tecnologias podem fazer toda a diferença”.
Sobre o Academic Working Capital
O programa é destinado a estudantes em fase final de graduação que têm seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) com soluções tecnológicas ou de inovação. Durante o AWC, os universitários recebem acompanhamento, orientação de negócios e recursos financeiros para transformar sua ideia em um produto ou negócio.
No fim do ano, eles participam de uma feira de investimentos e podem apresentar suas soluções para profissionais do mercado e investidores.
Em sua 4ª edição, o AWC já apoiou o desenvolvimento de cerca de 80 projetos. Este ano, o programa conta com 32 grupos, sendo 86 alunos de faculdades de oito estados brasileiros (São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Bahia).
Fonte: Folha da Região