Projetos, que vão desde plataforma de estágios, organização financeira, vendas, trocas, tecnologia assistiva e até educação, se apresentaram na CPMG3
Por Renato Carvalho/SIMI

O FINIT Festival é o maior evento de inovação da América Latina e, portanto, abre espaço para todo o ecossistema de inovação. Com o mês de novembro repleto de atrações, algumas startups tiveram a oportunidade de exporem suas propostas, apresentarem seus modelos de negócio e realizar networking.
Durante a Campus Party Minas Gerais 3, startups, incubadoras, projetos de universidades e espaços maker se revezaram durante três dias de eventos. O SIMI conversou com algumas jovens startups e traz um resumo de cada modelo de negócio. Confira:
Quero Estágios
De Belo Horizonte, a Quero Estágios é comandada por Tiago Zaidan, CEO, é uma plataforma de recrutamento e seleção de estagiários. A plataforma é gratuita para estudantes e as empresas pagam apenas se contratarem um estagiário. “A empresa paga um valor único de 40% da bolsa que o estagiário vai receber”, explica o CEO. Na plataforma, os estudantes respondem testes e desafios, descreve o que gostam de fazer e o que estão buscando. “Baseado nisso, fazemos a conexão entre candidatos e a empresa”. A plataforma também tem uma seção dedicada à administração dos estagiários, cuidando da parte burocrática da contratação. A startup já recebeu investimento da empresa Quero Educação.

Plano de Vida
A Plano de Vida, segundo seu fundador Renato Ojima, muda a forma de o brasileiro lidar com dinheiro ao mostrar que investir é algo simples e fácil quando se tem um plano de vida. A missão da startup é desenhar um propósito de vida para as pessoas, deixando-as preparadas para lidar com seu dinheiro para ter o futuro que busca. “Em cinco minutos, qualquer pessoa vai conseguir planejar a vida dela no nosso aplicativo. Ela vai marcar se quer comprar imóvel, se quer alugar, viajar, empreender. Nossa plataforma vai mostrar o que ela precisa fazer para que isso aconteça”, explica. A startup investe o dinheiro do usuário de forma automatizada para que seu sonho se torne realidade.

Ideareal Biolab
A Ideareal Biolab não é uma startup, mas um laboratório. Situado dentro do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, o laboratório é um projeto de extensão na área de Biologia Sintética e Engenharia. Segundo Augusto Lopes, assessor de parcerias do Ideareal, o principal papel do laboratório é ser um espaço em que alunos e comunidades acadêmica e externa possam desenvolver seus projetos de biologia. “Queremos divulgar a ciência e que as pessoas desenvolvam projetos. Queremos a ciência mais acessível”, aponta.

Peça Aqui
A Peça Aqui é um marketplace voltado para o segmentos de autopeças. A startup participa da aceleração da CDL Varejo Inteligente e tem como propósito agrupar distribuidoras de venda de autopeças em um só lugar, facilitando o processo de compra do consumidor final. Segundo Vinicius Goes, auxiliar operacional da empresa, o diferencial são os orçamentos que são lançados no sistema e respondidos automaticamente por todos os fornecedores. Além disso, o aplicativo, disponível para Android e iOS, conta com busca geolocalizada. Rodrigo Resende, proprietário da startup, destaca que a ferramenta está disponível sem custo tanto para o usuário quanto para o revendedor. “Queremos consolidar a ferramenta.”

Permuto
A Permuto é uma plataforma lançada ainda neste mês de novembro. O CEO da startup, Gabriel de Sousa, descreveu o negócio como “uma rede online de trocas de produtos e serviços. É um marketplace em que você posta o que tem para oferecer e troca pelo o que está querendo”. As trocas podem ser diretas ou multilaterais que, nesse caso, você troca um produto por moedas internas da plataforma, que por sua vez podem ser ‘trocadas’ pelo o que o usuário quiser. A Permuto faz parte do Núcleo de Empreendedorismo e Inovação (NEI) da Fapemig e, por enquanto, é gratuita. “Nosso modelo de monetização será por comissão. A cada transação vamos cobrar 10% e há um diferencial. As pessoas podem pagar a comissão em dinheiro ou recursos. Por exemplo, se você trocou 100 pizzas, você pode dar 10 pizzas para a Permuto, que vai revender esses produtos”, explica Gabriel.

Starfeed
A Starfeed ainda não é uma startup, mas um projeto de conclusão de curso da Ciência da Computação do Uni-BH, que pode se transformar em negócio. Os estudantes Samuel Rizzon e Greg Antônio desenvolveram uma plataforma que promove a melhoria contínua da qualidade das aulas através de feedbacks diários entre alunos e professores. “Víamos uma dificuldade nessa relação. Se o professor não recebe a avaliação, ele não consegue melhorar. Hoje existe nas universidades uma avaliação institucional no final do semestre, mas quando chega a hora de avaliar, os alunos já tiveram as aulas e a experiência não vai mudar”, explicou Samuel. A proposta é que haja possibilidade de melhoria durante o curso. Segundo os estudantes, a plataforma permite, ainda, que o professor realize a chamada, controlando o tempo de abertura e fechamento da lista.

Simple Mac
A Simple Mac, segundo Fábio Henrique, cofundador e diretor de Marketing e Vendas da startup, é uma indústria de venda e machine de suplementos alimentares. “Em um aplicativo, o usuário insere um saldo a partir de seu cartão de crédito. Esse saldo pode ser usado nas academias que tenham uma máquina da Simple Mac instalada. Na máquina, o usuário entra com login e senha, escolhe o sabor do suplemento que quer e retira o produto, descontando de seu saldo”, explica. As academias que abrigarem as máquinas da Simple Mac não terão custo algum com o serviço e ainda ganharão uma comissão sobre as vendas finais. Já a startup fatura sobre a venda de cada unidade dos produtos.

Ex Machina
A Ex Machina é um grupo de pesquisa da Universidade Federal de Itajubá que desenvolve dispositivos, técnicas e processos para o aumento da performance humana, com foco na melhoria da qualidade de vida de pessoas com algum tipo de deficiência física, tentando devolver a elas algumas das funções básicas do corpo humano. O estudantes Vitor Matheus e Leandro César, do curso de Engenharia de Controle e Automação explicam que a prótese desenvolvida por eles é de mioelétrica, ou seja, ativada por contração muscular. “Nosso objetivo é fazer uma prótese de baixo custo. Hoje, esse produto feito por grandes empresas por chegar a R$ 90 mil reais de custo. Nossa ideia é fazê-la open source ou a preço de custo”, explicou Vitor. O projeto ainda está na fase de prototipagem e os jovens esperam que em 2019 consigam distinguir os movimentos de cada dedo, já que, por enquanto, a prótese apenas abre e fecha a mão.

Pago
“O Pago veio para democratizar o acesso ao e-commerce no Brasil”, é o que diz Bernardo Carvalho, responsável pela tecnologia da startup que é acelerada na 5ª rodada do Seed. A plataforma possibilita que pessoa comprem e vendam qualquer coisa através do Whatsapp e suas redes sociais. Todas as ferramentas são gratuitas, desde criação de anúncios, divulgação nas redes, até gerenciamento de vendas e estoques. Caso ela venda algum produto, a Pago cobra uma comissão pela venda. “A plataforma facilita serviços, como dar baixa em estoque ou fazer controle, sem que haja uma estrutura um pouco mais complexa”, aponta.

FINIT Festival
Este ano, a Feira Internacional de Negócios, Inovação e Tecnologia (FINIT) se transformou em um festival realizado em diversas partes de Belo Horizonte entre 7 e 28 deste mês. O FINIT Festival é um evento que impacta pequenos e grandes empresários, empreendedores, professores, estudantes, gestores e pessoas do ecossistema de inovação de Minas Gerais e de todo o país.
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