Espaço atende universitários de todas as faculdade de BH; projetos prometem revolucionar o setor
Por Redação

Um laboratório de engenharia aeroespacial ajuda estudantes universitários a adquirir conhecimento, a desenvolver tecnologia e colocar a “mão na massa”. O Laboratório Aeroespacial, localizado no Bairro São Francisco, em BH, é único no mundo só para estudantes.
Mantido por seus frequentadores, ele foi idealizado para formar e capacitar profissionais que desejam desenvolver grande inovações para o setor aeroespacial/aeronáutico.
“O laboratório surgiu para transformar ideias em produto. Aqui, no Brasil, a gente tem esse problema: temos muitas ideias e não conseguimos finalizá-las. No laboratório, você poder chegar com qualquer ideia e sair com um protótipo na mão”, explica Marco Gabaldo, engenheiro aeroespacial.
E os projetos são ousados. Atualmente, existe uma equipe trabalhando na construção de um lançador de foguetes com tecnologia totalmente brasileira. Diferente dos que já estão em operação, o lançador que está em desenvolvimento no laboratório decolaria como uma avião.“O objetivo dele é colocar o satélite na órbita. Não é um veículo tripulado. Ele descola como uma avião, solta o satélite no espaço e retorna para o aeroporto de onde foi lançado”, explica José Eduardo Mautone, professor responsável pelo projeto.
Ainda segundo ele, o projeto deve gastar R$ 1,5 milhão e a previsão é de que o lançador esteja funcionando em 10 anos. Além disso, o professor afirma que o projeto vai revolucionar a indústria aeroespacial, diminuindo em 10 vezes o custo de lançamento de satélite. “Você conseguiria lançar por menos de US$ 2 mil por quilo. Hoje, são gastos de US$ 20 mil por quilo”, aponta o professor.
Quem começou como estagiário no Lab e agora continua atuando, é o engenheiro Gabriel Burgareli. Durante este período, ele já ajudou a desenvolver um motor elétrico para aeronave e um objeto para aviões. “Aqui a gente pode ter essa troca de informações do mundo aeronáutico e poder fabricar as ideias que a gente tem”, ressalta.
Atualmente, o espaço é mantido apenas por apoiadores. Por ele, passam estudantes de todas as universidades da capital. “A faculdade sempre faz o trabalho teórico. Precisamos mudar isso. Vamos fazer um produto físico, real, tangível. Pensamos em fazer desde produtos pequenos até aviões de grande porte. Quando você tem um sonho, consegue trabalhar melhor”, finaliza Marco Gabaldo.
Fonte: R7