Conexão pode acontecer a partir de uma pesquisa já desenvolvida na universidade ou da demanda específica de uma empresa
Por Pedro Matos/SIMI
A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) é reconhecida mundialmente como uma importante instituição no desenvolvimento de pesquisas nas mais diversas áreas, muitas delas, inclusive, já foram destaque aqui no Portal SIMI. Mas será que você poderia utilizar o capital intelectual da universidade para ajudar a resolver problemas do seu negócio? A resposta é sim!
A diretoria de inovação da UFMG tem papel fundamental na transferência de tecnologia da universidade para o mercado, promovendo parcerias e se conectando com empresas de todos os portes. O trabalho realizado pela equipe foi apresentado por Natália Radicchi, coordenadora do setor de alianças estratégicas da Diretoria de Inovação, durante a Arena de Negócios, no FINIT Festival.
Em entrevista para o Portal SIMI, Natália explica que essa conexão pode acontecer de duas formas: a partir de uma pesquisa já desenvolvida na universidade ou da demanda específica de uma empresa. “Se uma empresa de veterinária atua com bovinos e suínos e tem dificuldades para expandir sua atuação para aves, por exemplo, ela pode nos procurar para ajudá-la. Outra situação aconteceu com a vacina anti-cocaína, que foi desenvolvida primeiro pela universidade e agora as empresas estão nos procurando para licenciá-la”.
Para solicitar uma reunião e tentar uma parceria com a diretoria de inovação, não é necessário enfrentar burocracia. Natália explica que os interessados podem enviar um e-mail ou entrar em contato pelo site da Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica (CTIT) e explicar a demanda. Em seguida, a equipe entrará em contato com a empresa para agendar o encontro e verificar qual é a melhor maneira de realizar a parceria.
Enquanto a UFMG disponibiliza o capital intelectual e a infraestrutura, como laboratórios, por exemplo, para ajudar na solução do problema, a empresa precisará oferecer contrapartidas que serão definidas de acordo com a demanda e o seu perfil. “A contrapartida da empresa é definida a cada projeto. Pode ser financeira – comprando materiais ou investido em pesquisadores, oferecendo infraestrutura ou disponibilizando capital intelectual. A gente faz um mix de contrapartidas de acordo com cada demanda”.
Nesse sentido, Natália Radicchi comenta que o resultado da parceria entre a academia e o mercado é positivo tanto para a empresa como para toda a sociedade. “Existe o impacto financeiro para a empresa e o impacto social também, porque são soluções que não seriam desenvolvidas só pela empresa”, explica.
Para conhecer algumas das pesquisas realizadas na UFMG, acesse a Vitrine Tecnológica da CTIT. No mesmo link é possível cadastrar uma demanda para a universidade.
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