Estudos realizados em Minas Gerais, com apoio da Fapemig, ajudam a descobrir a cura de muitas doenças
Por Redação

Considerados por muitos como pragas e desprezados pelas pessoas, muitos animais são importantes para o desenvolvimento científico e colaboram para o bem da humanidade. Apesar de serem perigosos, os escorpiões amarelos, frequentemente encontrados em entulhos, estão sendo usados em uma pesquisa realizada na UFMG, com apoio da Fapemig.
Coordenado pelo pesquisador Thiago Verano Braga, o estudo utiliza o veneno do escorpião em casos de infarto. “O trabalho começou estudando a propriedade da toxina do veneno para baixar a pressão arterial, evoluiu e hoje utilizamos o peptídeo minimizado dessa toxina para diminuir a arritmia cardíaca”, explicou.
Mas o trabalho curativo dos animais peçonhentos não para por aí. Abelhas e serpentes também têm um papel importante para curar enfermidades humanas. A Fundação Ezequiel Dias (Funed) realiza estudos que utilizam propriedades do veneno da serpente Surucucu, introduzindo uma proteína do veneno em células de insetos cultivadas em laboratório, para desenvolver uma substância que trata de doenças cardiovasculares.
Como a cobra está em extinção, e é preciso uma grande quantidade do veneno para conseguir a toxina, os pesquisadores descobriram que é possível inserir o DNA, contendo a proteína Mutalisina-II, em células de inseto. Dessa forma, a célula produz a proteína com as próprias proteínas.
Outra pesquisa da Funed utiliza a apitoxina, propriedade do veneno da abelha, para desenvolver uma pomada para tratamento da artrite e, assim, diminuir a dor causada pela doença.
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