Encontro regional Sudeste do Connected Smart Cities reuniu nomes importantes da cadeia inovadora
Por Renato Carvalho/SIMI

O desenvolvimento tecnológico ocorre de forma exponencial. No Brasil, cada vez mais pessoas têm acesso às facilidades proporcionadas por smartphones, por exemplo. Por aqui, há mais 220 milhões de aparelhos – mais que um por habitante -, de acordo com a 29ª Pesquisa Anual de Administração e Uso de Tecnologia da Informação nas Empresas, realizada pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo.
Um dos grandes desafios modernos é levar toda essa tecnologia para as cidades, tornando-as inteligentes. Afinal, diante de tanta praticidade tecnológica, não há mais espaço para burocracia. Esse foi o principal debate do Encontro Connected Smart Cities, da Região Sudeste, realizado nessa terça-feira, 6, em Belo Horizonte.
Estes encontros ocorrem com o objetivo de fomentar a discussão sobre cidades inteligentes e também para debater soluções para o desenvolvimento das cidades, com base em informações e necessidades de cada região. Por exemplo, a capital mineira, sede do encontro, está na primeira colocação do Ranking Connected Smart Cities Nacional, em Meio Ambiente, e em segunda em Saúde e Urbanismo, e se destaca em Acessibilidade e Conectividade. Por outro lado, a cidade precisa trabalhar mais pontos como Segurança, Educação e Diversidade Econômica.
O município está implementando o programa Belo Horizonte Cidade Inteligente (BHCI), que tem como eixos de trabalho Governança e Serviços ao Cidadão; Desenvolvimento Econômico e Urbanismo; Cultura Tecnológica e Inclusão Digital; Mobilidade e Segurança; Meio Ambiente, Sustentabilidade e Cidadania. Tais ações buscam desenvolver a cidade e transformar os serviços oferecidos, proporcionando mais qualidade de vida à população.
A cidade está trabalhando para melhorar pontos deficientes, garante Leandro Garcia, presidente da Empresa de Informática e Informação do Município de Belo Horizonte (Prodabel). “O ecossistema de BH é altamente colaborativo e precisamos evoluir cada vez mai essa turma para aumentar o faturamento deles e também gerar mais emprego. Somos a cidade com o maior número de empreendedores, mas a 9ª em geração de empregos. Algo se perde no caminho”, disse.
O mesmo caminho segue a BHTrans, empresa de transportes e Trânsito de Belo Horizonte. Segundo seu presidente, Célio Bouzada, diversas ações já foram e estão sendo executadas pela empresa. Ele apresentou as tecnologias usadas para facilitar o trânsito e a vida dos usuários e revelou que a BHTrans trabalha em parceria com a Google para ações de mobilidade.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais, Vinícius Rezende, também participou do encontro e compartilhou com o público as diversas ações promovidas em prol do desenvolvimento tecnológico e criativo do estado. “Estamos vivendo um novo momento da sociedade, em que ela está se juntando à tríplice hélice da inovação. Ela quer eficiência, tecnologia, conforto. A junção da academia, governo e indústria é fundamental para que a sociedade entre como uma quarta pá dessa hélice”, destacou.
Smart Cities
Além das apresentações sobre as ações de Belo Horizonte, o encontro contou com a presença do prefeito de Vitória, Luciano Rezende; do secretário de Inovação da Prefeitura de São Paulo, Daniel Annenberg; do Chefe de Departamento de Projetos Municipais da Área de Desestatização do BNDES, Osmar Lima; do líder de projeto Cidades Inteligentes da ABDI, Carlos Frees; do GT Concessões e PPP da Caixa Econômica Federal, Jonatas Santos; e do departamento de Inclusão Digital da Secretaria de Telecomunicações do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Luis Ramos.
Segundo a idealizadora do Connected Smart Cities, Paula Faria, o Encontro é realizado para compartilhar e debater estratégias e oportunidades para transformar cidades. “O nosso objetivo é unir forças, por meio da sinergia entre todos os envolvidos. Acreditamos e trabalhamos para que cada vez mais as nossas ações resultem em resultados efetivos, como os que temos acompanhado, por exemplo, em Belo Horizonte, Salvador, Florianópolis, Vitória, Recife, Fortaleza, entre outras cidades do país”, comenta.
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