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Brasil tem a maior torre de pesquisa ambiental da América do Sul

Localizada no estado do Amazonas, torre vai coletar dados precisos sobre a interação da floresta amazônica e a atmosfera


Por Redação

Em 2016, diversas descobertas científicas marcaram o ano. No Brasil, a pesquisa científica também ganhou uma forte aliada. No estado do Amazonas, foi instalada a primeira e maior torre de pesquisa ambiental da América do Sul, o Observatório de Torre Alta da Amazônia (Atto, na sigla em inglês) com 325 metros de altura, representando uma grande conquista para a ciência.

Instalada no meio da maior floresta tropical contínua do planeta, a Torre Atto está localizada a 150 quilômetros de Manaus, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã, na região do município de São Sebastião do Utumã. Fincada numa área de ambiente prístino, livre de qualquer tipo de poluição, a torre vai coletar dados precisos sobre a interação da floresta amazônica e a atmosfera.

Crédito: MCTIC/Divulgação

Construída com tecnologia nacional, a torre tem como objetivo monitorar o clima na região amazônica em um período de 20 a 30 anos a partir da coleta de dados sobre os processos de troca e transporte de gases entre a floresta e a atmosfera. As torres menores, de 50 e 80 metros, do Observatório, funcionam há alguns anos com alguns equipamentos de medição.

A Atto vai trazer resultados inéditos em relação à física e à química da atmosfera, desde a superfície da torre até seus 325 metros, abaixo e acima da copa das árvores. Além disso, ela irá suprir os pesquisadores com dados que antes só eram coletados por meio de experimentos aéreos. A partir dela, a ciência poderá ter um acompanhamento real dos dados numa estrutura fixa e contínua durante 24 horas. Os dados são repassados ao Inpa e ao Instituto Max Planck de Química e de Biogeoquímica, além das instituições parceiras.

Segundo o responsável técnico da Torre Atto pelo Inpa, o pesquisador Antonio Manzi, a torre precisa ser alta porque “aquela parcela de ar que será analisada teve a oportunidade de interagir com a superfície numa distância maior”, explica o pesquisador. “Uma torre de 325 metros representa centenas de quilômetros de distância. E essas informações são mais confiáveis”, complementou.

A Torre Atto é um consórcio entre o governo brasileiro e a Alemanha, implementada pelo Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia, Unidade de Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Instituto Max Planck de Química e de Biogeoquímica e a Universidade do Estado do Amazonas (UEA). O investimento foi na ordem de R$ 26 milhões, rateados em 50% para cada governo.

Fonte: Inpa

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