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Brasileiros devem entender o mercado local para internacionalizar negócios

Série de matérias no SIMI trará dicas sobre internacionalização de negócios no evento Go Global Brazil


Por Renato Carvalho/SIMI

Ana Cristina Kolb, organizadora do evento, veio da Suíça para ajudar brasileiros a serem globais
Crédito: Renato Carvalho/SIMI

Belo Horizonte recebeu, nessa quinta-feira, 16, o evento internacional Go Global Brazil, que trouxe bastante conteúdo sobre a importância de internacionalizar os negócios. O encontro contou com a presença de empreendedores do Brasil e de outros países.

O SIMI fará uma série de matérias sobre o tema discutido no Go Global e você confere, com exclusividade, aqui no portal diariamente. A pauta de abertura é com a mineira Ana Cristina Kolb, organizadora do evento e expert em Mercados Internacionais e Barreiras Culturais, fundadora da CEW Marketing Services e também cofundadora da Brazilian Internacional Business Group.

Quando você é martelo, trata tudo como prego. Quando você é uma caixa de ferramentas, cada hora você é um instrumento” – Ana Cristina Kolb.

O empreendedor brasileiro ainda tem muito receio de internacionalizar seus serviços, embora essa realidade tenha melhorado nos últimos anos com a facilidade da internet. Ana Cristina avaliou o brasileiro, em geral, com uma metáfora. Para ela, o Brasil seria um pré-adolescente bipolar. “Tem muita dificuldade de escutar. Um dia a gente adora, no outro briga. Nós brasileiros achamos que somos independentes e olhamos só para nosso umbigo”, disse.

Para ela, mesmo fora do país, o brasileiro costuma pensar nos serviços baseados na comunidade brasileira e não no mercado local. Isso é uma barreira que precisa ser trabalhada e entendida na hora de ser global.

Ana Cristina acredita que os brasileiros precisam encontrar pessoas a quem possam admirar e também saber aprender com as diferentes culturas. “A diversidade é algo maravilhoso. Quanto mais essa diversidade de pessoas vêm com a cabeça aberta par complementar, mais rica será sua capacidade de poder e reverberação”, opinou.

“Temos que aprender a nos modular, como as matrioskas russas. Tem hora para ser criança, para ser adolescente, mas precisa saber a hora de aplicar cada coisa. Quando você é martelo, você trata tudo como prego. Quando você é uma caixa de ferramentas, cada hora você é um instrumento”, destacou.

Alemanha e Suíça

Seguindo a metáfora de que o Brasil é um pré-adolescente, Kolb aponta como avalia a Alemanha e a Suíça. O alemão é um adulto funcional. Prevê catástrofes e se organiza, planeja, traz resultado e é responsável, mas falta criatividade.

Já a Suíça é um país de terceira idade. “Eu vivo lá, mas não fico por muito tempo, pois acabo atrofiando. A vida é uma calmaria, tudo previsto, perfeito e, por isso, a gente acaba inventando problema para sair da monotonia”, disse.

Na próxima segunda você acompanhará um exemplo brasileiro que já nasceu global. Não perca!

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