Formulação desenvolvida por pesquisadores da UFMG evita que o medicamento ataque órgãos sadios
Por Paula Isis/SIMI
Normalmente os medicamentos utilizados para o tratamento do câncer produzem sérios efeitos colaterais, como disfunções do sistema renal e inflamação do intestino. Esses efeitos fazem com que o tratamento seja ainda mais difícil para o paciente. Inclusive, alguns não conseguem resistir ao tratamento por conta dos efeitos colaterais do medicamento.
“Quase todos os dias tenho cólicas e meu intestino não funciona mais como antes”, comenta o representante comercial, Paulo Roberto Soares, de 61 anos, que há seis meses trata um câncer de bexiga com quimioterapia. Pensando em solucionar problemas como este, a Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), desenvolveu uma nova formulação para diminuir os efeitos colaterais no intestino.
A nova fórmula utiliza a nanotecnologia (lipossomas pH sensíveis) contendo cisplatina, fármaco muito utilizado para o tratamento de diversos cânceres como o de cabeça e pescoço, ovário e bexiga. Segundo os pesquisadores, os lipossomas funcionam como um veículo que transporta os medicamentos até o tumor, evitando assim, que o remédio se espalhe no organismo, afetando os órgãos sadios.
Para os pesquisadores, a utilização da nova formulação durante o tratamento diminuirá também o número de internações nos hospitais, além de aumentar a taxa de adesão ao tratamento, pois o paciente não terá mais tanto desconforto com inflamações intestinais.
Foto: Viva Mais Saudável
Fonte: