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Como a inovação aumenta o engajamento e a saúde nas empresas?

Artigo de André Andrade – Médico, Cofundador e Diretor Executivo da Cybergia.


Por André Andrade

Quando falamos em aumentar a produtividade da empresa, você só consegue pensar no patrão segurando um chicote e vigiando os empregados? Sinto lhe informar, mas você está alguns séculos atrasado: as tecnologias para trazer os profissionais para próximo da empresa estão aí batendo na porta. Só que, desta vez, ao invés de puni-los, vão promover uma vida mais produtiva e saudável!

Aproximar os colaboradores da empresa foi, em 2014, o maior desafio dos profissionais de recursos humanos. Pelo menos é o que diz o estudo Global Human Capital Trends 2015, publicado pela empresa de consultoria Deloitte. Segundo o estudo, 87% dos respondentes consideram a falta de engajamento dos funcionários como o principal desafio da área.

Mas, o que é engajamento? Uma boa definição é dada pela empresa de consultoria Aon Hewitt através do tripé Falar, Permanecer, Empenhar-se (do inglês Say, Stay, Strive). Um profissional engajado é aquele que fala positivamente sobre a empresa, tem um intenso desejo de fazer parte como membro da organização e mostra esforço extra no trabalho, contribuindo para o sucesso do negócio.

A diferença entre profissionais engajados e não engajados se manifesta na vida diária, com funcionários desengajados apresentando o dobro do absenteísmo (faltas ao trabalho) e do presenteísmo (profissional no local de trabalho, mas sem produzir) em relação a funcionários engajados. Com isso, não é surpresa que estudos da Aon Hewitt mostrem que, para cada 5% de aumento no engajamento, a empresa aumenta em 3% seu faturamento bruto. Ou seja, este é um problema da empresa como um todo e não apenas dos gestores intermediários ou do Departamento de Recursos Humanos.

Mas o que engaja, de verdade?

Engana-se quem acha que basta aumentar os salários para engajar um funcionário. Apesar de importante, salários não podem ser aumentados indefinidamente e deixam de motivar em pouco tempo. Antes de tudo, é necessário entender como o engajamento funciona na prática. O engajamento resulta da confluência de vários fatores relacionados ao trabalho: práticas da empresa, liderança, infraestrutura, benefícios, oportunidades de carreira, clima e cultura organizacionais, inovação e reconhecimento, dentre outros.

Um aspecto essencial para o engajamento que merece destaque é a importância da qualidade de vida e saúde para o trabalhador. Outro estudo realizado pela Deloitte aponta que o foco dos colaboradores do século 21 é o propósito, a missão e o balanço entre trabalho e vida pessoal. Dentre os trabalhadores nascidos após 1982 (millennials), 37% consideram o bem-estar como seu principal foco profissional, essencial para o desejo de permanência e engajamento com a empresa.

Por onde começar e quais tecnologias usar? Diante de tantos desafios e tantas opções, como podemos começar a agir de forma prática e quais tecnologias podem nos ajudar? O relatório State of the Global Workplace, da empresa de pesquisas Gallup, nos dá 3 dicas valiosas: 1) Selecione as pessoas certas; 2) Desenvolva as forças de cada um e; 3) Melhore o bem-estar dos colaboradores.

Encontrando as pessoas certas

Um dos fatores mais importantes para gerar engajamento é a identificação e formação de líderes. Para encontrar líderes no mercado, porém, é preciso mais do que um grande volume de currículos. Redes sociais profissionais, como o Linkedin, são importantes neste processo por fornecer informações sobre habilidades interpessoais, recomendações de colegas, chefes e subordinados e acesso às publicações do candidato. Além de encontrar a pessoa, existem tecnologias que auxiliam na colocação correta dos funcionários.

Sistemas como o Profiler, da empresa mineira Solides, permitem que o gestor analise cada funcionário de acordo com suas habilidades e competências, auxiliando sobre a melhor função para o novo colaborador. Que a força esteja com você Pessoas que trabalham com o que sabem fazer melhor têm 6 vezes mais chance de ficarem engajadas com a empresa. Ou seja, reconhecer habilidades e conhecimentos é fundamental, mas o verdadeiro desafio está em desenvolver estas habilidades, adicionar novos conhecimentos e fomentar uma cultura de liderança e transparência. E é aí que as tecnologias podem ajudar através da melhoria da comunicação.

Os processos de comunicação estão passando por uma revolução. Experimente perguntar para seu filho ou sobrinho adolescente qual é o e-mail dele e surpreenda-se com a resposta! Esta geração não tem qualquer necessidade de ter um e-mail em tempos de Whatsapp, Facebook e Instagram. A disseminação dos smartphones e da internet móvel está promovendo a substituição do e-mail como principal forma de troca de informações por aplicativos de mensagens instantâneas também no ramo empresarial.

Precisa de uma dica sobre como fechar aquela venda? Quer passar diretrizes pra sua equipe sobre o novo projeto? Ou apenas comentar sobre o jogo da noite anterior? As novas ferramentas de comunicação permitem um ambiente mais aberto e transparente, consonantes com o ambiente de inovação, garantindo a existência de filtros e mecanismos de busca para evitar o ruído desnecessário.

A saúde da empresa = A saúde de seus funcionários

A última dica da Gallup é a de maior impacto financeiro. A saúde é um dos maiores custos das empresas. Além do benefício saúde, que no Brasil custa em média 10% da folha de pagamento, as empresas desperdiçam de 15 a 20% do custo dos funcionários com absenteísmo e presenteísmo relacionados à saúde. É um círculo vicioso: insatisfação no trabalho gera estresse, que piora o ambiente de trabalho e que, consequentemente, diminui ainda mais o engajamento. Reconhecendo isto, um número crescente de empresas investe em programas de promoção da saúde, mas que não se mostram sustentáveis (pequeno alcance, muitas desistências, poucos resultados).

A melhor forma de combater estes problemas é integrar a promoção da saúde na rotina do funcionário. E para isto, também existem tecnologias para nos ajudar, dentre elas a gamificação. Gamificação é a aplicação dos elementos interessantes e engajantes dos jogos em situações do dia a dia. Pode ser utilizada para promover a socialização, adesão a comportamentos saudáveis, registro de informações úteis para profissionais de saúde e, não vamos negar, para divertir os colaboradores também!

Desta forma, os sistemas são capazes de fornecer informações de saúde, aumentar a participação em programas e coletar informações para políticas empresariais mais efetivas na melhoria da qualidade de vida dos funcionários.

Sistemas como o da Cybergia (AVISO IMPORTANTE: sou co-fundador da empresa) inovam ao integrar a comunicação empresarial e a promoção da saúde. Como ferramenta de comunicação, melhora a produtividade e a troca de conhecimentos, integrando-se à rotina de trabalho. Como ferramenta de saúde, utiliza gamificação para promover mudanças de comportamento e a participação em desafios de saúde.

Como ferramenta corporativa, promove a análise da informação, para melhores decisões dos gestores. Vamos lá? A necessidade de engajar os funcionários está aí, principalmente nestes tempos de crise. Usar a crise como chicote para aumentar a produtividade prejudica tanto o funcionário quanto a empresa.

Então, que tal usar a inovação e a tecnologia para trazer os funcionários para mais perto?

*André Andrade é Co-fundador e Diretor Executivo da Cybergia. Médico, mestre e doutor em Ciência da Informação pela UFMG, com doutorado-sanduíche na Universidade Médica de Graz, na Áustria. Já trabalhou nas empresas que compõem o círculo de atores da TI em saúde, incluindo planos de saúde, hospitais, laboratório e empresa de TI em saúde.

Fonte:

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