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Computação forense: saiba como ela pode ajudar você a se tornar um perito

O perito Victor Martins apresentou cases de sucesso e falou as áreas de atuação dos profissionais


Por Paula Isis/SIMI

Victor Martins, perito da computação foresen, em palestra no FINIT
Crédito: Fábio Veloso/SIMI

Com a popularização de dispositivos tecnológicos, o número de crimes cibernéticos cresceu bastante. O Brasil, por exemplo, é o segundo no ranking mundial, de acordo com um relatório do Norton Cyber Security. Atualmente, existe uma forte relação entre os delitos praticados no universo off-line e digital, já que os gadgets fazem parte do dia a dia das pessoas. Muitos destes dados podem ajudar a resolver problemas judiciais, desde ações trabalhistas a homicídios.

Diante deste cenário, surgiu a necessidade da contração de peritos da computação forense, profissionais da informática que têm auxiliado a Justiça na investigação e julgamentos de diversos crimes. Durante a palestra, realizada na Campus Party, no FINIT Festival, em Belo Horizonte, o perito Victor Martins falou sobre a área de atuação, como o setor tem ajudado na resolução de crimes e como você pode se tornar um profissional.

“Não é preciso ter ensino superior devido a ausência de um Conselho de Classe de Profissão. Nesse sentido, curso técnicos, tecnólogos, entre outros, suprem a necessidade de ser bacharelado”. Ainda de acordo com ele, “os cursos presenciais são melhores pelo conhecimento empírico. Neles, vocês podem praticar as técnicas”.Sobre a idade mínima exigida para ser um perito, Victor afirma que ela segue a maioridade prevista no Código cível, uma vez que o perito tem responsabilidades legais pelos seus atos praticados, sendo equiparado a funcionário público. 

Apesar de não haver certas exigências, o perito destacou que o trabalho é muito sério e está sujeito às penalidades. “Você tem que ter cuidado com o deslocamento do material, além de comprovar que todas as informações foram obtidas no local do crime, sem alteração.”

Quanto às áreas de atuação, “a atuação do perito nos juizados especiais, é especificadamente para ouvir o expert em relação ao litígio, não cabe perícia no JESP, mas a elaboração de provas antecipadas pelo perito particular e a apresentação destas”, afirmou.

Em um mundo cada vez mais tecnológico, o perito explicou que, atualmente, todos os dispositivos eletrônicos armazenam dados. “Às vezes, uma pessoa compra um carro e ele vive dando problema. O cara volta na concessionária e nada. Então, ele aciona a Justiça. Neste momento, entramos para analisar os dados dos computadores do automóvel. Caso seja comprovado um erro no sistema, o consumidor ganha a ação e é ressarcido do prejuízo.”

Além disso, Victor destacou os crimes que acabam ganhando mais provas com os dados coletados em dispositivos. Para ilustrar essa situação, ele usou um caso em que um réu está sendo julgado por ter cometido um crime em Belo Horizonte. “O cara estava em Angra, em uma ilha da região, ai ele teria vindo aqui, matado e retornado para a ilha. Ao rastrear o celular dele, percebi que ele não conseguiria fazer o deslocamento em tempo hábil, nem mesmo de helicóptero”, destaca. “O réu foi indiciado injustamente. O júri já aconteceu e o resultado da sentença pela votação dos jurados foi a absolvição com base na atuação da defesa e o laudo pericial informático que confeccionei”, apontou. 

FINIT Festival

Este ano, a Feira Internacional de Negócios, Inovação e Tecnologia (FINIT) se transformou em um festival realizado em diversas partes de Belo Horizonte entre 7 e 28 deste mês. O FINIT Festival é um evento que impacta pequenos e grandes empresários, empreendedores, professores, estudantes, gestores e pessoas do ecossistema de inovação de Minas Gerais e de todo o país. 

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Fonte:

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