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Conheça 4 projetos mineiros que se apresentaram no 100 Open Startups

Durante a FINIT, pesquisadores apresentaram os projetos que estão em desenvolvimento nas universidades mineiras


Por Paula Isis/SIMI

Crédito: Divulgação/Fapemig

Muitos pesquisadores estão desenvolvendo em seus laboratórios trabalhos de extrema relevância para a sociedade. Fazer com que os resultados cheguem ao público é um dos principais desafios. Nesse sentido, buscando uma maior aproximação entre mercado e academia, quatro projetos financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) foram selecionados durante a Mostra Inova Minas 2016, para participarem da FINIT.

Desde então, estes pesquisadores foram preparados através de workshops para a interação com representantes de grandes empresas, uma vez que a realidade da academia e mercado ainda é distante uma da outra.

Os pesquisadores envolvidos participaram de reuniões de negócios durante o movimento 100 Open Startups. Cada grupo de pesquisador se reuniu com cinco grandes empresas para apresentar suas tecnologias visando gerar negócios.

Para a professora e pesquisadora da Universidade Federal de Alfenas (Unifal), Simone Botelho, os workshops e as reuniões de negócios foram fundamentais para que os projetos ultrapassem os muros da academia. “O pesquisador precisa de um pouco de estímulo para levar a ideia para frente. A experiência do 100 Open nos permitiu abrir um pouco a cabeça para o lado do empreendedorismo”, comenta.

Conheça abaixo os quatros projetos que se reuniram com grandes empresas.

Medidor de velocidade do vento de baixo custo

Ir além do ambiente laboratorial é o objetivo da pesquisadora Karina Riciate, da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), que atua no projeto que criou um medidor de velocidade do vento com um custo dez vezes menor do mercado, com a mesma precisão. Além disso, tem o diferencial de oferecer uma análise e perspectiva para o cliente saber a viabilidade de oferecer energia eólica em determinadas regiões. “O que é produzido na universidade não pode ficar só lá, temos o compromisso de devolver para sociedade, em forma de resultado, todo o investimento em pesquisa”, acredita.

Compensado de borracha

Reconhece-se também que é preciso avançar após o desenvolvimento de um novo protótipo. “Temos a ideia e o protótipo, mas é preciso avançar para ter parceiros para colocar o produto no mercado. Esse evento dá a oportunidade de conhecer novas tecnologias, novos conhecimentos e contatos com empresas e investidores”, comenta Fernando Augusto, coordenador do projeto Compensado de Borracha. Ele explica que o projeto surgiu a partir da demanda de destinar os resíduos oriundos da reciclagem de cabos elétricos. Visado abaixar os custos do processo, os pesquisadores buscaram outros materiais para produzir o compensado de borracha e criaram uma alternativa para o mercado de construção civil onde substituiria o compensado de madeira por um material de origem residual que tem características superiores.

Realidade aumentada auxilia no fortalecimento de músculos pélvicos

A professora da Universidade Federal de Alfenas (Unifal), Simone Botelho, é coordenadora do projeto que usa realidade aumentada para ajudar pacientes a fortalecer os músculos pélvicos e comenta: “Quando a gente chega se depara com o novo e, às vezes, há uma certa estranheza. Agora, no final, tenho a impressão semelhante a um mergulho, que no início pode assustar, mas depois que se perde o medo é possível ver a cada hora uma coisa diferente e não se quer mais sair do fundo do mar”, comenta.

Refrigerante do Bem

Aliar boas ideias a pessoas interessadas em investir em novos mercados pode ser uma saída. Já imaginou um refrigerante que faz bem? Os pesquisadores da EPAMIG desenvolveram, a partir do resíduo da fabricação do queijo, uma bebida láctea gaseificada que tem extrato de luteína – um corante que faz efeito antioxidante, que se consumido regularmente ajuda na prevenção da mácula ocular. O pesquisador Gabriel Bastos, conta sobre a experiência no evento: “Acho que a feira proporcionou que a gente apresentasse nosso trabalho para quem está buscando uma tecnologia diferente para investir. Propusemos algo que não tem no mercado e fizemos contato com quem já atua. É um grande desafio. O pesquisador não é um vendedor, então, tivemos essa oportunidade aqui”, conclui.

Fonte: Fapemig

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