Midhaz, acelerada pelo Acelera MGTI, ganhou o Prêmio ABCOMM de Inovação Digital
Por Renato Carvalho/SIMI

Falou em destaque na área de empreendedorismo e inovação? Então com certeza tem mineiro envolvido. O ecossistema de Minas Gerais continua mostrando sua força e, dessa vez, foi a startup Midhaz, acelerada pelo Acelera MGTI, da Fumsoft, que se destacou nacionalmente.
A empresa, fundada em 2016, garantiu o Prêmio de Inovação Digital da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABCOMM), na categoria Startup do Ano. Foram mais de 300 indicações e 42 finalistas. Desse número, quatro subiram ao palco para serem premiadas, mas o lugar mais alto do pódio ficou para Minas Gerais.
Leonardo Fares, presidente da Fumsoft, instituição que gere o Acelera MGTI, diz estar bastante orgulhoso da conquista da startup. “É uma sinalização que nossa metodologia está no caminho certo. Queremos continuar a contribuir para criar novas empresas e também para consolidar as já existentes. Vamos transformar nosso segmento, relevante no PIB mineiro, e colocar a TI mineira em destaque no Brasil”, apontou.
O CEO da Midhaz, Moyses Mattar, conversou exclusivamente como o SIMI e contou um pouco da jornada do seu negócio até se tornar destaque nacional.

Como foi a inscrição para o Prêmio?
A gente não sabe direito como foi. Pesquisamos e descobrimos que eram indicações. Então alguém indicou a Midhaz, e depois disso teve uma primeira etapa de votação que a gente não estava sabendo. Recebemos um e-mail indicando que ficamos entre os finalistas e a partir daí começamos a divulgar. No evento de premiação foi uma surpresa, a gente foi para lá para fazer networking, porque a gente nem estava esperando nada, até porque ficamos sabendo em cima da hora. Quando chamou o nome da Midhaz, a gente até se assustou, estávamos filmando, o celular caiu, foi algo bem diferente.
Essa premiação já teve algum impacto na Midhaz?
A gente ainda está vendo o impacto. Inicialmente foi maravilhoso, porque gera credibilidade. Nossa startup é muito nova e o modelo é muito diferente, requer muita confiança. O prêmio foi um selo de confiança, além de ter permitido uma divulgação maior do nosso negócio.
Como surgiu a Midhaz?
A startup começou em 2016, como uma empresa de evento. Eu organizava eventos para comissões de formatura arrecadarem fundos vendendo ingressos de festas. Ao invés de vender brindes, elas vendiam ingressos de festas. Quando o Sympla lançou uma funcionalidade beta, que permitia colocar links personalizados para cada pessoa vender de forma online e rastrear quem fez a venda, a gente foi testar. Pro negócio era maravilhoso, a gente sabia se a turma estava vendendo bem, se precisava de reforço de divulgação. Em paralelo, a gente viu uma nova possibilidade: abrir para várias pessoas venderem os ingressos que oferecíamos. Depois a gente entendeu que se as pessoas estavam dispostas a vender um produto que elas não tinham afinidade, talvez com produtos que elas tivessem afinidade a chance de realizar a venda seria muito maior. Assim começou a ideia de montar a plataforma.
Quais foram as maiores dificuldades do negócio?
São várias partes difíceis na vida de startup. No início foi o desenvolvimento, porque tomamos um calote de uma empresa de São Paulo, que nos enrolou e começamos mal, queimando filme com fornecedores. A gente precisou começar tudo do zero. A gente foi organizando, passamos no Acelera e ganhamos uma injeção de ânimo. A partir daí fomos estudando bastante para cada passo que a gente desse fosse cuidadoso.
De que forma o Acelera MGTI contribuiu para o crescimento de vocês?
Ter passado na aceleradora já deu uma dose de ânimo. Comprovamos que a ideia era legal, que fazia sentido para outras pessoas. Vindo para cá, tendo contato com outras startups, nos ajudou a aprender muito. A gente não sabia nada de e-commerce. Nesse período no Acelera que a gente aprendeu sobre dropshipping. As consultorias nos ajudaram a virar várias chaves, nos fez pensar, adaptar situações. Contribuiu bastante para estruturar a parte interna da Midhaz.
Como é a relação da Midhaz com o ecossistema de startups de Belo Horizonte?
A gente deu sorte por estar em BH. Aqui tem um ecossistema muito forte. O acesso a empresas aqui não é muito difícil, a galera é muito aberta. Montamos um grupo de startups que estão no mesmo nível para nos ajudar. Ele se chama NextGen e a ideia é só que as startups se ajudem, sem tomar lugar de ninguém, de nenhuma comunidade.
Formar uma equipe boa é um grande desafio. Como foi com a Midhaz?
A equipe hoje conta com 16 membros. A gente vai aprendendo com os erros. Na hora de montar a equipe nós erramos porque montamos de qualquer jeito, chamando pessoas sem olhar suas ideias para o negócio. Então a gente não conseguiu fazer com que as pessoas se sentissem parte do negócio. Na Midhaz nós queremos que todos se sintam parte da plataforma. A gente conseguiu isso definindo um perfil de pessoas com os valores mais próximos aos que a gente tem. Dessa forma, você consegue dar mais liberdade para a pessoa e ela se encaixa melhor no modelo do seu negócio.
Quais são as expectativas para o futuro? Como a Midhaz se imagina daqui para frente?
É difícil falar, porque a cada semana a gente muda alguma coisa. A gente quer continuar o crescimento, validando todos os pontos. O que a gente vê para frente é continuar com o desenvolvimento da plataforma, para melhorar o desempenho do lojista, que gera uma reação em cadeia. A gente quer ir crescendo, no nosso tempo, sem tentar dar um salto e estar gigante. A gente quer estar no crescimento planejado.
Quer entender mais sobre o que a Midhaz faz? Assista ao vídeo:
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