Startup criadora do Noeh atua como instituto de pesquisa e desenvolvimento de produtos para a saúde infantil e prepara diversos produtos para o público
Por Renato Carvalho/SIMI
O cuidado com a saúde de bebês foi o principal fator para o desenvolvimento e sucesso da startup Anamê Baby Design. Nascida inicialmente sob o nome e com o foco em um único produto, a startup ganhou destaque com o Noeh e hoje ganha escala como um importante instituto de pesquisa e desenvolvimento de produtos para a saúde infantil.
Comandada por Ana Paula Lage, CEO e diretora de Design e Pesquisa, a startup alcançou grandes resultados e conquistou destaque nacional. Recentemente, a Anamê foi acelerada pela 5ª rodada do Seed, programa de aceleração do Governo de Minas Gerais.
O primeiro passo da empresa foi inspirado também nos primeiros passos de um neném. O Noeh, carro-chefe da Anamê, é um sapato que oferece ao bebê a mesma experiência de andar descalço. Após muita pesquisa, o calçado promove mais equilíbrio à criança e deixa o caminhar mais seguro, reduzindo o risco de quedas. O produto estimula a formação normal da musculatura dos pezinhos, permitindo que o bebê cresça com uma base forte, evitando pés planos, pisadas tortas e outros problemas.
Do carinho pelos nenéns, a empresa evoluiu e Ana Paula percebeu que podia fazer mais pelos bebês. Do Noeh para a Anamê, uma comunidade de designers, instituições de pesquisa, médicos, pesquisadores, empresários, mães e pais. Além do calçado, a startup já trabalha com outros produtos.
“Nosso foco é sempre em saúde infantil, nos primeiros mil dias, desde a gravidez até os dois anos. Quando temos um produto com uma necessidade muito bem elaborada, geramos valor para a mãe, para o neném, para o pediatra, ortopedista, fisioterapeuta, para todo o ciclo”, disse a CEO.
Novos produtos
Ana Paula conta que ao entrar no Seed a startup estava bastante focada no Noeh, mas que depois de todo o processo de aceleração, a empreendedora saiu com um olhar mais ampliado sobre o que realmente gosta de fazer: pesquisa focada em saúde infantil. “O Noeh é um dos nossos resultados e, agora, nosso desafio é colocar esse resultado como um troféu, para que os outros produtos sejam muito mais fáceis de serem desenvolvidos”, conta.
Noeh para Vestir
O próximo produto da Anamê, já desenvolvido e em fase de testes de mercado, é o Noeh para Vestir. É uma linha de roupinhas repelentes para crianças, desde o nascimento até completarem dois anos. Segundo a CEO, a duração do repelente é de até 50 lavagens. “Enquanto a criança estiver com a roupinha, ela estará protegida. Quanto mais roupa usar, mais protegida estará”, explica Ana Paula.
A vantagem do produto é que a duração do ativo é muito maior do que um repelente de pele, que dura aproximadamente quatro horas e precisa ser renovado. E a empreendedora garante: o Noeh para Vestir não agride a pele. “Pode ser usado em recém-nascidos, ao contrário dos repelentes para pele. Além de todos esses benefícios, a roupinha é linda”, destaca.
Gait
Já o Gait já está prototipado e pronto para entrar em fase de testes. Este produto foi pensado nas preocupações que as mamães têm quando os seus bebês começam a andar. Para evitar que se machuquem, o Gait é um sistema de análise de risco baseado na caminhada da criança. Funciona oferecendo informações e alertas sobre possíveis quedas ou desajustes no sistema de equilíbrio normal.
“Vários fatores podem fazer com que a criança se machuque. O tipo de sapato, o tipo de fralda, por exemplo, são fatores que podem aumentar o desequilíbrio e fazer com que a criança caia”, detalha Ana Paula. A ideia da empreendedora é oferecer um mapa de risco que auxilie na tomada de decisão das mães. “Com essa fraldinha ele fica mais equilibrado do que com outra, o mesmo com um sapato em relação a outro. Com isso, conseguimos entregar tranquilidade e segurança para as mães”.
Colo
Ainda em fase de conceito, o objetivo do Colo é diminuir o trauma da ruptura de vínculo quando a mãe volta ao trabalho. De acordo com Ana Paula, há vários fatores em que a tecnologia pode ajudar a diminuir essa ‘separação’. “Estamos em um mundo em que poucas mães podem ficar com a criança o tempo inteiro até os dois anos, que é a idade ideal”, justifica.
Com o Colo, a startup pretende entender e identificar picos de estresse na criança, para acionar a mãe quando necessário. “A criança é acolhida tanto pelo som, quanto pela imagem, quanto pelo colo. Qualquer fator da mãe é motivo para acolhimento para a criança”, explica.
E não acaba aí…
A Anamê ainda busca parceiros para dar continuidade a esses e novos projetos, entre eles o Anamê 4 All, que está pronto, mas ainda não disponível. Diferente dos anteriores, o 4 All é um aplicativo de doação que busca conectar empresas de vestuário a instituições que precisam de roupas. “É como um Uber da doação. Nossa proposta foi desenvolver algo que pudesse atender a todos, mas por falta de braço ainda não colocamos para rodar”, finaliza Ana Paula.
Para conhecer mais sobre a Anamê, acesse o site https://www.aname.com.br/.
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