No Brasil já existem máquinas que usam análise inteligente de imagens para separar os frutos automaticamente pela cor, por exemplo
Por Redação

Há quase dois séculos, o Brasil é o maior produtor de café do mundo. O brasileiro se destaca, também, como um dos maiores consumidores da bebida. Para manter-se no topo do ranking, os produtores estão antenados em oferecer grãos cada vez melhores, popularizar os cafés especiais e até educar os amantes da bebida, diversas tecnologias são aplicadas do plantio à xícara.
Na cidade de Botelhos, localizada na região cafeeira do país (divisa de São Paulo com Minas Gerais), é possível observar algumas fazendas que estão se modernizando na produção, fazendo com o que o trabalho deixe, cada vez mais, de ser artesanal. Uma máquina barulhenta, por exemplo, é um dos maiores avanços tecnológicos nos principais cafezais do país. Sozinha, ao chacoalhar o cafeeiro e fazer os grãos caírem, ela colhe em poucos minutos o que cerca de 50 pessoas fariam em um dia.
Após a colheita, ainda é utilizado uma tecnologia quase centenária para o processo de separação dos cafés: enquanto os cafés maduros afundam na água, os verdes boiam. Simples, não é? Mas já existem máquinas que fazem análise inteligente de imagens para separar os frutos automaticamente pela cor. Ainda não é o caso desta fazenda. Lá, a principal tecnologia está aplicada na coleta e análise de dados.
Apesar dos avanços tecnológicos, por enquanto, a coleta da informações ainda é feita manualmente, utilizando um papel. Somente no fim do dia as anotações são transferidas para um sistema online baseado em nuvem. O próximo passo é desenvolver um aplicativo para que os colaboradores possam anotar tudo diretamente no smartphone, em tempo real.
Outra solução inovadora aplicada na fazenda é uma plataforma digital que conecta o cafeicultor diretamente a compradores. Em um ambiente simples e intuitivo, o produtor pode se cadastrar e oferecer seu café diretamente a bares, restaurantes e cafeterias. O consumidor final também ganhou um canal para conhecer mais sobre a cultura do café e adquirir grãos especiais por um preço acessível.
Já nos Estados Unidos, algumas cafeterias estão apostando em aplicativos para facilitar o pagamento e até algoritmos capazes de decifrar as preferências do consumidor. Em São Francisco, por exemplo, já existe até o primeiro robô barista do mundo, o Gordon. E, voltando para o Brasil, muito em breve a gente também deve ter máquinas mais interessantes para o consumo de grãos especiais.
Fonte: Olhar Digital