Hoje são 500 mil usuários na Monetizze, startup mineira que mostra o quanto vale a pena lutar e enfrentar os desafios na busca do sonho empreendedor
Por Alysson Lisboa
A Monetizze, empresa mineira que nasceu há quatro anos, venceu o vale da morte, que derruba quase a totalidade das empresas nascentes. Ela hoje se consolida como referência no concorrido mercado de Marketing Digital. Mineiro de Belo Horizonte, Márcio Motta, CEO da empresa, conversou com o Simi sobre os desafios enfrentados e a resiliência que permitiu alçar voos jamais imaginados. As histórias de sucesso de empresários que utilizam a plataforma serão conhecidas em São Paulo no evento Hangar Monetizze, entre 14 e 15 de abril.
A história da Monetizze é pautada na superação e resiliência. Conte-nos um pouco sobre como foi superar as adversidades e por que você não desistiu, opção comum para 95% das empresas no Brasil.
Meu amigo Rafael Rez, da empresa Afiliados Brasil, me apresentou a plataforma de afiliados. Fui lá conhecer esse evento e depois ele me chamou para conversar. A proposta era montar uma plataforma e fazer alguma coisa legal para o mercado. Trabalho com desenvolvimento de sistemas há 17 anos e mesmo com a minha experiência, o Rafael resolveu continuar na Afiliados Brasil. Assim, fiquei sozinho no projeto.
Enquanto era coordenador de TI da Via Net Brasil, eu pensava em como montar uma empresa sem dinheiro. Então, ao invés de criar uma empresa, desenvolvi um software. Procurei dois amigos e chamei para participarem comigo, em 2013. Dois anos mais tarde eles resolveram deixar o projeto, mas continuei acreditando e desenvolvendo o software. Eu dormia a 1h da manhã e acordava às 4h, todos os dias. Hoje temos 25 colaboradores, 500 mil usuários e crescimento mensal de 40%. Não posso deixar de citar o importante apoio que tive da família.
Você tem uma frase: O negócio não é “se”, mas “quando”. Vai dar certo!” e complementa: “é preciso acreditar, ter atitude e voar sem limites”. Mas em tempos de crise não dá um certo medo, ou é o contrário?
Meu maior medo era que eu não sabia nada sobre preço. Como não sabia o tamanho do mercado, também desconhecia o quanto meu concorrente faturava. De 2014 para 2015, com a crise, me perguntei: será que agora a empresa vai ser sustentável? Em plena recessão a Monetizze cresceu. Então percebi que o negócio é lutar e não deixar de acreditar nunca.
Outro dia ouvi de um amigo que apenas 40% das pessoas que compraram os cursos realmente abrem o conteúdo. Estamos vendendo sonhos, apenas?
A Monetizze é um canal que faz a intermediação entre o produtor e o consumidor. A crise ajudou as pessoas a entrarem nesse mercado, mas não é todo mundo que consegue fazer vendas expressivas. É preciso considerar o esforço e a perseverança.
Você considera que esse mercado está saturado? Materiais ricos como e-books e webinários não estão perdendo fôlego?
O mercado está longe de saturar. Sempre existirão problemas e alguém para trazer a solução. Tem gente que vende produto físico no Monetizze. Isso também ajuda a desvincular um pouco das vendas apenas de produtos digitais.
No passado o telefone era a central de vendas de produtos. Hoje é a internet. É mais fácil ou mais difícil efetivar uma venda online?
Naquela época era muito caro o alcance, você precisava ter muito dinheiro. Quando o interessado ligava, era preciso uma central de vendas muito grande para atender. A publicidade na internet é barata e você pode vender em qualquer quantidade com a mesma qualidade e rapidez.
Qual o primeiro passo que as pessoas pessoas precisam dar quando pensam em desenvolver um infoproduto?
Há dois caminhos distintos: um para o produtor e outro para o afiliado. Se você for um produtor, tem que pensar em um produto de qualidade e no atendimento ao cliente. Para fazer sucesso, você precisa “curar” uma dor forte, como emagrecimento, calvície, relacionamento etc.
Já no âmbito do afiliado você precisa ir a eventos. Assim que tive acesso ao mundo do marketing digital, percebi que são nesses espaços que acontecem as trocas e parcerias. O evento Hangar Monetizze, que será entre 14 e 15 de abril, surgiu para isso. Focar fortemente em network com produtores e afiliados que mais vendem. Teremos almoço e café dentro do mesmo espaço, sempre para fomentar a troca de experiências.
Qual o perfil das pessoas que trabalham com infoprodutos e qual é a média de vida de um produto desses?
O mercado, em média, é ocupado por pessoas jovens entre 25 e 35 anos. Os produtos geralmente têm duração de dois anos, por isso a importância de sempre se reinventar.
O Brasil, comparado a outros países, está bem evoluído? Qual o mercado mais aquecido em infoprodutos no mundo?
Estamos cinco anos atrasados se compararmos com os EUA, mas no Brasil esse mercado tá crescendo e vai crescer muito ainda. Acesso à internet nos EUA é mais barato, o público é maior que o brasileiro e a adoção da tecnologia é forte. Isso faz toda a diferença.
O que vocês fazem de diferente da Hotmart?
Nossa ideia foi sempre criar uma plataforma em parceria com nosso clientes, resolvendo as necessidades dele. A gente descobriu que o mercado estava muito deficiente em tecnologia para o afiliado. Eles foram pedindo e a gente foi fazendo as modificações na plataforma. Quando eles crescem, nós crescemos também.
Para mais informações sobre o evento da Monetizze acesse aqui.
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