BMG UpTech irá trabalhar com capital de risco, além de oferecer um coworking para as empresas participantes
Por Paula Isis/SIMI
Com crescimento acelerado e se destacando cada vez mais no mercado brasileiro, o ecossistema de Minas Gerais ganha mais um agente incentivador de peso. O banco BMG acaba de lançar o BMG UpTech: uma empresa de investimento em startup. Conversamos com o Rodolfo Santos, CEO da empresa, para saber mais um pouco dessa iniciativa que será lançada no dia 13 de julho.
Com foco em startups inovadoras e de base tecnológica, a empresa irá trabalhar com capital de risco em empresas não só de Minas Gerais, mas de todo o Brasil. Ela funcionará como um corporate venture, “então vamos fazer um investimento de risco e dar todo o apoio no que a empresa precisar, como nas áreas de marketing, contábil e financeira”, afirma Santos.
De acordo com o CEO, a ideia é preparar as startups para que, no futuro, elas possam receber um investimento ‘série A’- destinado à empresas que já passaram pelas etapas iniciais de investimento. Atualmente, este tipo de aporte de capital está na faixa de US$ 2 a 10 milhões nos EUA e um pouco menos aqui no Brasil.
O projeto estará localizado no 11º andar da sede do grupo, em Belo Horizonte. As startups participantes poderão usufruir de um coworking onde também terão a oportunidade de trabalhar junto com a empresa, explica Rodolfo
Segundo o CEO, a criação do BMG UpTech foi a forma que o grupo enxergou para estar perto desse ecossistema de inovação. “A gente sabe que tem muita coisa acontecendo. Empresas novas estão atingindo patamares que a gente nem imagina. O UPTech foi uma forma que a gente conseguiu para poder aprender um pouco com essas startups também”.
Apesar de ser uma iniciativa que acontece em Minas Gerais, o CEO garante que a atuação da empresa não será limitada. “A principio, vamos atuar aqui no estado, mas isso não impede que possamos investir em empresas de São Paulo, Rio de Janeiro e Espirito Santo”. No entanto, ele ressalta que no caso da startup pertencer a outro estado, o apoio será dado a distância.
Investimentos
Sobre o investimento, Rodolfo explica que a empresa não tem um teto de aporte e o valor pode variar de acordo com o nicho de atuação de cada startup. Além disso, não há limitação quanto a área de atuação. “Apesar do grupo BMG ter foco na área financeira, através do banco, e trabalhar com agronegócio e geração de energias, não estamos limitados a investir somente em startups dessas áreas”, afirma.
Seleção de empresas
Para integrar o time da BMG UPTech, a empresa realizará dois tipos de seleção. “Vamos ‘garimpar’ as startups de outros programas de aceleração e também iremos participar de alguns deles”, explica o CEO sem entrar em detalhes.
Além disso, Rodolfo garante que a empresa já está negociando com alguns parceiros. Segundo ele, a ideia é pegar as startups ainda no início de criação.
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