As novas profissões trarão desafios e oportunidades
Por Alysson Lisboa/SIMI
A equipe do SEED participa em Austin, no Texas, do SXSW, do maior festival de criatividade do mundo. Um dos painéis formado por representantes da Dell, Wired, Cognite Scale e Meritage Capital aponta que 5 milhões de empregos serão substituídos por inteligência artificial nos próximos quatro anos. Isso vai obrigar uma mudança rápida na capacitação para profissões que hoje estão embrionárias. As novas profissões vão exigir uma competência transversal e ágil.
Alguns especialistas afirmam que todo trabalho realizado de modo repetitivo e que segue um padrão em sua execução será substituído por robôs. Já existem aparelhos que fazem a limpeza de vidros e piso, por exemplo (veja vídeo). Profissões assim devem desaparecer. Mas o que vai restar para nós? Funções que usam nossa capacidade inventiva e criativa.
Relatório desenvolvido pelo Fórum Econômico Mundial sobre o futuro do trabalho aponta que o trabalho remoto, co-trabalho em espaços híbridos ou por meio de teleconferência vai avançar exponencialmente. As organizações terão, cada vez mais, um núcleo de trabalho em tempo integral. Será muito comum ter colegas em outros países (enquanto você dorme) que vai controlar ou revisar seus projetos. Terá colegas nos países mais diversos realizando tarefas em conjunto.
Em muito pouco tempo, por exemplo, o mercado de manutenção e venda de produtos para impressão 3D terá um crescimento acelerado. Já estamos imprimindo sapatos, objetos e ferramentas. Vamos imprimir remédios específicos para o tipo de problema que tenhamos e de acordo com os dados coletados do nosso genoma. Tudo será baseado em big data e análise profunda de dados.
As novas profissões estarão baseadas em uma tecnologia que hoje é ainda incipiente. Mas não estamos falando de um futuro que está distante 20 ou 30 anos. Falamos de, no máximo um par de anos. Enquanto discutimos a legalidade do Uber, o futuro dos carros avança para a exclusão do motorista.
Portanto, se quer realmente preparar seu filho para o futuro, ensine a ele a trabalhar na construção de objetos conectados à internet, modelagem 3D, dispositivos como Raspberry e Arduíno. As escolas precisam agora trabalhar competências que ainda são pouco comuns, mas serão amplamente exigidas. Nas universidades, serão feitas conexões com alunos de outras instituições de modo remoto. A intenção é construir objetos em conjunto, aprender tecnologias novas a cada semestre. O futuro não é mais como era antigamente. Você está preparado?
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