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Estamos próximos de nos tornarmos ciborgues?

Professores debateram a evolução tecnológica e seus dilemas legais em apresentação no Pint of Science


Por Renato Carvalho/SIMI

Professores debateram o assunto para mais de 70 pessoas
Crédito: Renato Carvalho/SIMI

Um dos temas debatidos no primeiro dia do Pint of Science 2017, que teve início nessa segunda-feira, 15, foram os Ciborgues, seres meio homem meio máquinas, os limites éticos desse desenvolvimento e também a dependência tecnológica.

No Filé Espeto e Cia, na Pampulha, mais de 70 pessoas acompanharam o debate realizado pelos professores Sérgio Fonseca, de Fisioterapia da UFMG, e Dênis Franco, de Direito da UFJF. Eles apresentaram suas visões e responderam diversas perguntas do público.

Para Sérgio, o homem ainda está distante de produzir um ciborgue ‘flexível’. “Partimos de premissas equivocadas de como o movimento é controlado. O movimento humano é complexo. O mais próximo que estamos é de fazer o cérebro associar sinais. Mas aí não é o cérebro que está controlando, ele apenas identifica os padrões programados”, explicou.

Mesmo assim, o professor e diretor da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG acredita em uma grande evolução no setor, principalmente na área de reabilitação. “Para pessoas que perderam membros, mobilidade, é fantástico que isso ocorra. Não acho que vamos ter, necessariamente, um ciborgue andando por aí que você não perceba, mas a tecnologia assistiva é fundamental e só vai melhorar”, avaliou.

Desafio legal

O tema preocupa com relação à legislação. O professor Dênis Franco acredita que o Direito não está preparado para lidar com essa evolução tecnológica. Ele aponta o receio de que o tema seja tratado conforme interesses. “Em tese, o direito de uma sociedade democrática seria fruto da vontade da sociedade, mas sabemos que nossos sistemas funcionam com falhas, como déficit de representatividade”, explicou.

Dênis vê um risco grande de que a ideia de lucro do mercado se sobreponha à proteção de terceiros e/ou dos mais vulneráveis da comunidade. Outro ponto importante a ser debatido é a possibilidade de a tecnologia segregar ainda mais a sociedade. “Essas tecnologias são caras. Só teria acesso quem já está em vantagem social por ter dinheiro. Então isso só aumentaria o abismo social”, reflete.

Público

Estudantes de Jornalismo da UFMG aproveitaram o Pint of Science

A estudante de Jornalismo da UFMG, Helena Resende, acompanhou o Pint of Science e achou o evento interessante. “É diferente, a gente não espera vir para um bar e ter uma palestra. O assunto foi rápido, interessante e não teve aquele ar de palestra”, contou.

O Pint of Science continua até esta quarta-feira, 17. Confira a programação em www.pintofscience.com.br

Fonte:

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