Modelo se diferencia dos demais pelo baixo custo de produção: em média R$ 300
Por Paula Isis/SIMI
O coordenador do curso superior de tecnologia em automação e manutenção industrial, Cleiton Miranda, e os alunos Wender Cardoso, Juliano César Almeida e Luiz Guilherme Costa da Silva
Pensando em contribuir com a inclusão social dos deficientes visuais, um grupo de alunos do primeiro período do curso de Manutenção e Automação Industrial do Centro Universitário UNA (Unidade Barreiro) criou uma bengala sensorial, de baixo custo, que proporciona mais autonomia e segurança ao usuário.
O projeto surgiu quando um dos integrantes da equipe presenciou uma mulher deficiente visual com dificuldades para se locomover em uma calçada irregular. No entanto, “a ideia foi amadurecida quando o professor, Rui Otoniel, que leciona a disciplina Projeto Aplicado, no curso de Manutenção Industrial e Automação, propôs que criássemos um projeto que pudesse contribuir para a inclusão social”, explica um dos integrantes do grupo, Wender Cardoso.
O estudante, Juliano Almeida, faz demonstração da bengala
A bengala sensorial detecta o ambiente por meio de sensores, que emitem sinais que são transformados em vibração para que o usuário possa se desviar de obstáculos. Entretanto, a ideia não é totalmente nova. Já existem no mercado bengalas importadas com recursos semelhantes, mas a criada pelos mineiros tem um custo de produção de R$ 300. Os modelos disponíveis variam de R$ 10 mil a R$ 20 mil.
Wender afirma que apesar dos estudos avançados e contribuições para os deficientes visuais, o grupo acredita que ainda há muito a fazer. “Por isso desejamos que o nosso produto seja não somente um instrumento de ajuda, mas também um incentivo para que outras pessoas utilizem a tecnologia para alcançarmos de maneira mais abrangente e eficaz a inclusão social”, finaliza.
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