No Dia do Rock, conheça a banda Dibigode, que reinventa, recria e aposta na tecnologia e inovação nos processos de criação
Por Franco Serrano/Simi
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A inovação e a tecnologia estão presentes de maneira muito evidente no processo de experimentação musical e esta não é apenas mais uma pauta sobre Dia do Rock. E também não é apenas sobre o rock. É samba, jazz, é o que mais precisar ser. Hoje nós vamos conhecer o som que já viajou para vários cantos do mundo e que agora desembarga no Portal Simi. Senhoras e senhores, vamos conhecer hoje a banda Dibigode, um projeto experimental que utiliza diversos recursos tecnológicos e conta com ideias inovadoras em todo o seu processo criativo.
Nós conversamos com o saxofonista da banda, Guilherme Peluci, para saber mais um pouco sobre o trabalho desenvolvido pela banda. Ela já excursionou pelos Estados Unidos por três vezes e foi a única banda brasileira a participar do Meet in Beijing Arts Festival e da SOTX, em Pequim, na China, a maior feira de inovação e negócios culturais da Ásia. “Como artistas independentes, não temos nenhum vínculo com gravadoras e, portanto, sem o apoio que recebemos do Programa de Incentivo à Cultura do Governo de Minas, não teria sido possível participar de eventos deste porte” afirma.
A banda gosta de retrabalhar as próprias ideias para modificar um produto final. “Fazemos aquilo que acreditamos, sem pretensões e também sem amarras”. Para eles, inovar é dar um tom diferente às coisas, aprimorá-las e fazê-las melhor. “Em cada projeto que fazemos, imergimos com bastante singularidade. Isso faz com que trabalhemos com diversos processos tecnológicos e criativos” conta Guilherme, e completa “Cada universo é único. Já estamos trabalhando com equipamentos eletrônicos, pedais no saxofone, sintetizadores, modificações na bateria, mas ainda não sabemos aonde isso vai nos levar”.
O desprendimento musical da banda em termos de gênero é o que permite permear entre instrumentos e técnicas, da mais rudimentar, como feito no seu último disco, Garnizé, gravada na mais convencional fita de rolo, até o mais moderno dos sintetizadores, que estão sendo utilizados para os projetos que a banda tem em mente. Esse processo também acontece nos mais variados tipos de apresentação que a banda faz. Como em parcerias com a Companhia Sesc de Dança e composição de trilhas para um desfile da São Paulo Fashion Week.
Uma banda online
A banda disponibiliza todo o seu conteúdo lançado para download no seu próprio site, www.dibigode.com e também está presente nas mais diversas plataformas de streaming, como o Deezer e o Spotify.
Por ser independente, além da banda disponibilizar seus conteúdos para o público, ela também utiliza banco de dados digital e desenvolve seus processos online: “muitas vezes nós utilizamos de várias tecnologias e ferramentas digitais para realizar diferentes etapas do nosso trabalho. Por exemplo, Como processo de composição, estamos experimentando fazer gravações em casa e armazenar no Trello, que funciona para nós como um banco de dados e organizador no qual todos os integrantes da banda podem acessar de qualquer lugar. O lado positivo é que esse tipo de uso da tecnologia nos permite desenvolver composições colaborativas, em um processo adaptado às diferentes rotinas contemporâneas” comenta Guilherme.
Conquistando seu espaço
Nascida em Belo Horizonte em 2007, o quinteto é composto por Gabriel Perpétuo (guitarra) Vicente França (guitarra), Guilherme Peluci (saxofone) Antônio Vinícius (baixo) e Tiago Eiras (bateria) e recria sonoridades enraizadas em rock e jazz. A banda é instrumental e transita entre sons, performances, o que mais se encaixar e o que inspirar os integrantes.
Nos últimos anos, o grupo demonstrou sua pluralidade ao se envolver em projetos bastante distintos. Compôs trilhas sonoras para a Companhia Sesc de Dança, e para o desfile do estilista João Pimenta, no São Paulo Fashion Week. A banda Homenageou o mestre do samba, Ataulfo Alves, em seu último disco. Colaborou também, com o ícone do Jazz brasileiro, João Donato, em comemoração aos seus 80 anos.
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