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Hackaton desenvolve soluções para fiscalização e controle das políticas públicas

Controladoria Geral do Estado lança desafio para melhoria do controle e fiscalização. Evento contou com cinco equipes que apresentaram soluções


Por Alysson Lisboa/SIMI

Participantes do hackaton fizeram maratona no final de semana para mostrar soluções de fiscalização e controle no Estado
Divulgação SECOM/CGE

Buscar caminhos com base tecnológica para trazer soluções criativas no controle e fiscalização de políticas públicas. Essa foi a proposta da maratona que durou 42 horas, realizada pela Controladoria Geral do Estado De Minas Gerais (CGE), em parceria com Fapemig, Seed e Simi, com apoio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econônico, Ciência, Tecnolgia e Ensino Superior (SEDECTES). No último final de semana, no espaço do Seed, na Praça da Estação, as cinco equipes  formadas no hackaton foram desafiadas a criar uma solução com real potencialidade para impactar a sociedade. A proposta foi discutir, organizar, produzir e apresentar aplicativos para dispositivos móveis que disponham de tecnologia para controle e fiscalização das políticas públicas.

O movimento motiva a busca por soluções utilizando tecnologia. Várias empresas já aderiram ao hackaton, como bancos e aglomerados de comunicação.  De sexta-feira a domingo (16/7) os participantes quebraram a cabeça e apresentaram soluções viáveis de aplicativos para dispositivos móveis.

Juliana Aschar, superintendente de Integridade e Controle Social da CGE, comemorou a iniciativa pioneira. “Foi a primeira vez que fizemos esse tipo de trabalho nesse formato. A ideia foi reunir programadores, comunicadores e designers para fomentar o controle social no Estado. A participação dos cidadãos no controle e fiscalização de políticas públicas é fundamental para o combate à corrupção”, completa Aschar.

Que país é esse? Esse foi o tom da palestra proferida por Márcio Almeida do Amaral, da subcontroladoria de governo aberto. Com o título Corrupção: da indignação à transformação, Márcio Almeida apresentou exemplos sobre erros em contratos e desvio de dinheiro público em várias partes do país. “Precisamos gerar ações que provoquem mudanças e a tecnologia pode contribuir muito para isso”, indagou Márcio. “A corrupção tem conseqüências no campo político, social e não é apenas uma questão de moralidade. Ações desse tipo distorcem as regras do jogo e promovem o desemprego”, finalizou.

Equipes vencedoras

Cinco propostas de aplicativos que integram comunidade e governo apresentaram suas ideias no último dia do evento. A equipe Fiscalize Aí foi a vencedora. Ela apresentou uma possibilidade de acompanhamento e fiscalização dos gastos públicos de forma mais fácil e acessível, usando dados já disponíveis no Portal da Transparência.

Para Cristian Charles, de 26 anos, membro da equipe Fiscalize Aí, uma das funcionalidades é a apresentação de dados ao cidadão e o convite para missões, ou seja, que ele fiscalize a aplicação e responda ao órgão sobre o que ele detectou. “Nosso objetivo é que com a exibição de dados de forma mais fácil e rápida seja possível melhorar o engajamento social. Constatamos que as pessoas querem avaliar, mas acham difícil e a forma atual. Utilizar aplicativo de celular pode ser o melhor caminho”, completou Cristian.

A equipe vencedora ganhou ingressos para a Hack Town em Santa Rita do Sapucaí, com direito a passagem, além de ingressos para a FINIT 2017 e Campus Party em BH, com direito ao acampamento. O segundo lugar ficou com a Aliás, que apresentou um aplicativo para fiscalização de obras públicas municipais. Emendados foi a equipe com alcançou o terceiro lugar com uma proposta de app de transparência dos recursos de emendas parlamentares, que mostra o valor liberado e sua destinação.

Para Márcio Almeida do Amaral, subcontrolador de Governo Aberto da CGE, todos os trabalhos apresentados têm méritos. “Foi difícil fazer a escolha, vimos o esforço de todas as equipes para mostrar o que pode contribuir na melhoria da gestão e o funcionamento da máquina pública”, afirmou ele, que foi um dos jurados da maratona.

O subsecretário de Ciência, Tecnologia e Inovação da SEDECTES, Leonardo Dias, foi um dos jurados e parabenizou as equipes participantes e todo o empenho para realizar o evento. “Parabenizo o Governo de Minas Gerais que teve essa iniciativa de trazer mais transparência para as ações num momento como esse. Desde o primeiro contato, quando fomos procurados pela CGE, abraçamos a causa porque acreditamos que realmente é com a tecnologia que vamos aumentar a transparência do modelo político brasileiro e aumentar a credibilidade das nossas ações. Tem muita gente fazendo coisa boa no governo e são ações como essas que vamos mudar o nosso país”, comemorou.

O movimento Amplifique

É uma rede aberta que busca de soluções coletivas para resolver problemas que a população solicita. A proposta é fiscalizar, cobrar e orientar mudanças voltadas ao interesse da sociedade. Essa prática de controle social pressiona os governos a agirem com mais ética, transparência e compromisso com os serviços públicos.

Fonte:

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