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Igualdade de gênero é uma das diretrizes do grupo BS2

No hub das empresas do BS2, 46% da equipe é feminina. No entanto, o número de mulheres no setor de TI ainda é baixo


Por Paula Isis/SIMI

Marília Nunes e Alessandra Baggio do BS2
Crédito: Paula Isis/SIMI

Centenas de mulheres se reuniram entre 22 e 24 de novembro, em Belo Horizonte, para discutir a presença das mulheres na tecnologia no She’s Tech Conference 2018. O evento, que contou com diversas palestras, apresentou dados sobre a igualdade de gênero em diversos setores, como tecnologia, ciência e empreendedorismo.

Para falar sobre a presença feminina no TI (tecnologia da informação) e a estruturação tecnológica do Banco Bom Sucesso, agora BS2, a conferência convidou Marília Nunes, psicóloga organizacional, e Alessandra Baggio, superintendente de TI da instituição.

De acordo com María Nunes, responsável pelo recrutamento da empresa, o banco trabalha para que não exista uma disparidade entre o número de funcionários homens e mulheres. No mercado financeiro brasileiro, por exemplo, as mulheres estão na parte mais operacional, como relacionamento com cliente e negociação. Ainda segundo ela, apenas 12% deste mercado é composto por mulheres.

“Hoje eu tenho muito orgulho de apresentar o cenário que eu tenho. Não é o perfeito, mas é onde a gente “starta” para chegar em um mais adequado’, comenta Marília Nunes. NO BS2, 46% da equipe é composta por mulheres. “Não privilegiamos mulheres, mas sim profissionais que entregam resultados. Tenho um tremendo orgulho em ver que temos várias superintendentes, duas vice-presidentes e o 15ª andar da empresa é composto por mulheres com cargos de liderança”, comemora.

Mas ao aprofundar nos dados de lideranças, o número de mulheres nesta posição diminui. “Em cargos de liderança, temos 64% de homens e 36% de mulheres”, afirma Marília. Mesmo tendo essa redução, a disparidade não é tão alta, em comparação a outras empresas.

Ao avançarmos para o setor da tecnologia, a BS2 Tech, uma das empresas que compõem o hub de empresas do BS2, nos deparamos com uma desigualdade de gênero maior. Dos 344 funcionários, 75 são mulheres, o que representa 22% do corpo de colaboradores da empresa.

Para Alessandra Baggio, superintendente de TI, um dos motivos do número de mulheres em TI ser tão baixo está relacionado à cultura brasileira que insiste em dizer que brinquedos relacionados à tecnologia são para meninos.

“Existe uma distância imposta pelos próprios pais ao darem brinquedos tecnológicos somente para os filhos e bonecas para as meninas. Acredito que isso reflete no futuro. Os cursos de humanas, por exemplo, é predominantemente composto por mulheres e exatas por homens.”

Outro fator destacado por Baggio, e que pode contribuir, é que, infelizmente, temos pouquíssimas mulheres referências em tecnologia. “No universo masculinos temos muitas referências. Mais do que nomes, eles ‘viram marcas’, como é o caso do Steve Jobs da Apple. A gente tem mulheres ocupando cargo importantes, mas as referências não são tão fortes”, comenta.

Este fatos ficam ainda mais evidente se aprofundarmos nas áreas pertencentes ao TI do BS2 Tech, por exemplo. “Se analisarmos de operações para baixo, como arquitetura da informação, telecom, infraestrutura e banco de dados, o número de mulheres chega a zero.”

A superintende acredita que este efeito é causado pela alta concentração das mulheres em áreas menos técnicas do TI. “Existe um mercado de infinita possibilidades dentro do TI, mas acaba que é como se a gente não se enxergasse isso e ficássemos restrita somente ao operacional. É preciso mudar este mindset”, finaliza.

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