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Maker por natureza: conheça a história de José Ariovaldo Ribeiro

Cearense perdeu braço direito após choque em 2012 e passou a criar próteses de sucata dentro da própria oficina


Por Redação

José Ariovaldo em sua oficina
Crédito: Fernanda Moura/Tribuna do Ceará

O cearense José Ariovaldo Ribeiro, de 48 anos, nasceu surdo. Há quatro anos, sofreu um acidente de trabalho e perdeu o braço direito. Com a ajuda da internet, ele mesmo desenvolveu uma prótese com sucatas de alumínio e cabos de freio de bicicleta. Depois de ter sua história contada por um programa de TV local, José Ari passou a ser conhecido como o ‘Homem de Lata’, uma referência ao super-herói Homem de Ferro, personagem da Marvel de quem buscou inspiração.

Criado dentro de uma oficina, José Ari aprendeu com o pai o ofício de consertar aparelhos eletrônicos. Estudou até o ensino médio e se comunica por linguagem de sinais. Desde criança, gostava de ficar inventando coisas. Enquanto o irmão mais novo brincava, ele se divertia fazendo réplicas de carro, navio e avião.

Acidente

Em setembro de 2012, ele subiu na laje de sua oficina para tentar corrigir uma queda de energia e acabou recebendo uma descarga elétrica. O braço direito necrosou e precisou ser amputado. De família com poucos recursos financeiros, José Ari não se deixou abater e buscou na rede de computadores ajuda para desenvolver um braço mecânico.

Invenções

A primeira tentativa resultou em algo que mais parecia um gancho. A segunda já tinha um pouco mais de “tecnologia”. Era uma peça de 5 quilos feita com parafusos, ligas de borracha, panelas velhas e cabos de freio de bicicleta. José Ari tomou o braço do irmão como medida. E usava uma meia como proteção para evitar ferimentos.

Para mover os dedos, ele usava os ombros. Alongando os ombros, a mão abria. Curvando, a mão fechava. Apesar de ainda rudimentar, o invento lhe devolveu o gosto de voltar a fazer atividades como cortar pão, pegar uma chave e dirigir seu carro.

O exemplo e a força de vontade de José Ari já foram mostrados como motivação em palestras para universitários de Fortaleza. Ele ganhou duas próteses elétricas de uma empresa de Sorocaba (SP). E também uma quantia em dinheiro que está usando para criar uma prótese ainda mais avançadas que as anteriores. “A tendência é de a gente aperfeiçoar ainda mais”, diz o irmão.

* Com informações de BBC Brasil e GPS da Notícia

Fonte:

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