Encontro será na Praça da Liberdade neste sábado, 22 de abril
Por Redação
Neste sábado, dia 22 de abril, Belo Horizonte vai integrar o movimento internacional Marcha pela Ciência, que já conta com a adesão de mais de 400 cidades em diferentes países. Na capital mineira, a manifestação vai ocorrer a partir das 10h, na Praça da Liberdade.
A iniciativa, nascida nos Estados Unidos, tem o objetivo de chamar a atenção da sociedade para a necessidade de apoiar e preservar as instituições e a comunidade científica de todo o planeta, em um momento de grandes cortes no orçamento de Ciência e Tecnologia.
Representatividade
A data coincide com o Dia Internacional da Terra e “representa a união de cientistas e da sociedade pela valorização da pesquisa, pela manutenção de políticas públicas que incentivem a ciência e pelo desenvolvimento de soluções inovadoras e sustentáveis”, explica o professor da UFMG Eduardo Mortimer, conselheiro da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que organiza o movimento na capital mineira, com o apoio de professores da Universidade e de entidades como a Associação Nacional de Pós-graduandos (ANPG). “É importante integrar esse movimento mundial, que envolve instituições de ponta em ciência e educação”, comenta o professor.
Em mensagem à comunidade científica e “aos amigos da Ciência”, a presidente da SBPC, Helena Nader, afirma que a atividade científica sofre várias ameaças, como mudanças em políticas públicas, redução e desvio de verbas e de financiamentos públicos, partidarização política da ciência “e, o que mais assusta, a tomada de decisões políticas que não leva em consideração as evidências científicas”.
Impactos
Eduardo Mortimer explica que a convocação para participar da Marcha não é dirigida apenas a estudantes, professores, cientistas e pesquisadores, mas a toda a sociedade, que é diretamente afetada com os cortes.
“Mesmo que não sejam visíveis de imediato, as restrições orçamentárias terão impacto em pouco tempo na educação e na produção da ciência”, enfatiza. Mortimer cita dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) que revelam a estreita ligação entre financiamento e crescimento de grupos de pesquisa, programas de pós-graduação e número de titulações.
Ele explica que a evolução observada na ciência nesse período foi sustentada por um orçamento crescente. “Para alcançar o dobro do desempenho é necessário aumentar os financiamentos na mesma proporção”, ressalta.
Até o momento, 16 cidades brasileiras já anunciaram a adesão à Marcha – São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Natal, Petrolina, São Carlos, Petrópolis, Belém, Boa Vista, Brasília, Diamantina, Goiânia, Ilhéus, Manaus, Pato Branco e Porto Alegre.
As manifestações ocorrerão em diferentes horários. As cidades brasileiras que participarão, os locais de concentração e os horários podem ser encontrados em mapa na internet (http://bit.ly/2pc4CHV).
Mais informações sobre o movimento estão disponíveis em página no Facebook: http://bit.ly/2oskGRF
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