200 MB de arquivos, incluindo um vídeo em HD, foram gravados em um material sintético
Por Redação
Armazenar arquivos está cada vez mais prático. CDs e DVDs, que há algum tempo eram tão usados, agora perdem, gradativamente, espaço para pendrives e cartões de memória. A evolução segue possibilitando o armazenamento de mais informações em menores equipamentos. A prova disso é que a Microsoft e a Universidade de Washington conseguiram guardar 200 megabytes de arquivos em uma DNA sintético.
A conquista representa um passo importante na capacidade de armazenamento existente. Empresas, por exemplo, com grandes bancos de dados, poderão armazenar essas informações de forma duradoura, se mantidos em boas condições. “O DNA é uma molécula de armazenamento de informação surpreendente que codifica os dados sobre como um sistema vivo funciona. Estamos redirecionando esta capacidade para armazenar dados digitais – imagens, vídeos, documentos”, disse Luis Ceze, brasileiro membro da equipe de pesquisa.
Os pesquisadores armazenaram um videoclipe em alta definição da banda Ok GO, cópias da Declaração Universal dos Direitos Humanos em diversos idiomas, os 100 livros mais populares do Projeto Gutenberg e o banco de dados de sementes da Crop Trust. “O objetivo é desenvolver um sistema completo de armazenamento de dados em DNA, mais denso, duradouro e barato”, explica Ceze.
Os dados foram convertidos do sistema binário em letras que correspondem às quatro bases do nucleotídeo de uma cadeia de DNA: A, de adenina, que se liga com T, de timina; e C, de citosina; G, que se liga ao G, de guanina. Esses pares criam uma correspondência com zeros e uns, permitindo a conversão e leitura das informações. Esses dados são enviados para a empresa Twist Bioscience que traduz as letras para moléculas e envia o material de volta para os pesquisadores em um tubo de ensaio.
A previsão da Microsoft é que seja possível gravar 1 bilhão de terabytes de dados em um grama de DNA, o que permitiria armazenar toda a internet existente nos dias de hoje.
Fotos: Tara Brown Fotografia – Universidade de Washington
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