Mecanismo desenvolvido por ex-aluno da UFMG possibilita escolta militar com ganho de tempo e fuga de obstáculos
Por Redação
.gif)
Realizar uma escolta militar não deve ser umas das missões mais simples de executar, especialmente em locais pouco explorados. Mas se depender dos resultados da pesquisa de mestrado de Alexander Jahn, que em 2017 concluiu o mestrado em Engenharia Elétrica na UFMG, não só as autoridades, mas muitos outros profissionais poderão contar com uma importante colaboração no futuro em tarefas que envolvam deslocamento.
O especialista desenvolveu uma técnica capaz de coordenar um grupo de robôs para que eles guiem pessoas e animais em ambientes que são totalmente conhecidos. Com isso, o engenheiro explica que será possível ganhar tempo e evitar obstáculos ao longo do caminho.
Durante a ação, os robôs se comunicam e formam um tipo de “cerca virtual” ao redor do agente que será conduzido. “Imagine que você deseja levar um grupo de animais de um lugar para outro em uma grande fazenda. Com os robôs coordenando todo o trajeto, o caminho percorrido será sempre o menor, além de proporcionar uma rota sem riscos, livre de buracos, por exemplo”, explica Luciano Pimenta, professor de Engenharia Eletrônica da UFMG e orientador de Alexander.
Para definir a direção que será seguida, os robôs utilizam um algoritmo baseado em amostragem. Ao longo da rota, as máquinas vão colhendo pequenas amostras de “bons caminhos” e, baseando-se nelas, prosseguem até o final do percurso. Além da técnica computacional, os robôs também contam com GPS, câmeras e diversos sensores, como os de localização, laser e ultrassom.
Segundo Alexandre, o modelo funciona como uma espécie de “leilão”: os robôs competem para decidir quem será o responsável pelo próximo movimento do grupo. A cada “rodada”, o robô que traçar o caminho mais rápido e livre de barreiras será o vencedor. A disputa é realizada de forma contínua até que o agente guiado chegue ao seu destino final.
O algoritmo foi testado em pequenos robôs chamados de Epucks e o professor afirma que a técnica pode ser aplicada em humanoides, drones ou até mesmo em carros autônomos.
Alexander conta que uma das principais contribuições de sua pesquisa é a segurança que poderá ser proporcionada às pessoas quando produtos inspirados em seus estudos forem desenvolvidos. De acordo com ele, a sociedade cada vez mais vem incorporando robôs na indústria, mas fora dela, não existe um grande nível de desenvolvimento e automação. Trabalhos como o dele podem servir de estímulo para que outros pesquisadores trilhem o mesmo caminho e novas pesquisas impactem mais diretamente a rotina da população.

Fonte: InSAC