Evento surgido na França deve desembarcar em BH em novembro. Iniciativa do governo francês é transformar os museus em espaços de colaboração coletiva
Por Alysson Lisboa
Museus são locais de contemplação silenciosos, projetados para receber obras de arte e um público muito diverso. No lugar de toda essa calmaria, maquinários de um laboratório aberto com mesas, impressoras 3D, ferramentas e muita criatividade. Conhece algum espaço assim? Pois essa é a proposta do MuseoMix. O evento, que teve início na França, deve desembarcar em Belo Horizonte no próximo ano.
A proposta funciona como a mistura de um hackathon e Startup Weekeend. Os participantes, dividos em grupos de até 8 pessoas, se desdobram durante três dias para resolver problemas levantados pelos próprios museus. O projeto teve início em 2011 na França e logo se espalhou por outros países como Canadá, México e Alemanha.
Uma das divulgadoras do projeto, Christine Masson, adido cultural da embaixada da França em Belo Horizonte, se mostrou bem impressionada com a receptividade da cidade em receber o evento. “O objetivo é que o evento consiga propagar a cultura maker no país”, completa.
Como funciona o MuseoMix?
Os participantes chegam aos museus na sexta-feira, fazem um tour pelo local, conversam com os coordenadores do espaço e procuram entender quais problemas existem. Diante disso, os grupos são dividos entre pessoas de áreas diversas como programadores, designers, comunicólogos e makers. No sábado, os protótipos são desenhados para que no último dia, domingo, o museu seja aberto e o público possa testar e validar as soluções apresentadas.
O representante da embaixada da França em Brasília, Jean-Pascal também esteve no lançamento. A ideia de trazer o projeto para Minas Gerais surgiu após o convite feito pelo Ministério da Cultura para que Jean desenvolvesse um relatório sobre políticas públicas voltadas aos museus. Assim, o nome de Minas Gerais foi apontado como uma das regiões mais ativas do país.
O evento acontece simultaneamente em diversas partes do mundo sempre no primeiro final de semana de novembro. Para viabilizar o projeto é necessária a parceria entre as universidades, museus e poder público. Assista ao vídeo com protótipo que virou produto em museu francês.
Fonte: