Conjunto de expositores interativos possibilita que pessoas com deficiência manipulem amostras de minerais
Por Redação

Foi inaugurado em outubro o Circuito acessível de expositores interativos Pedras Sabidas, no MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal, em Belo Horizonte. O conjunto possibilita a pessoas com deficiência manipular amostras de minerais do acervo por meio de botões. Pessoas com deficiência visual e baixa visão contam com áudios e imagens ampliadas; surdos dispõem de tradução para Libras e textos em português; e para cadeirantes, há mobiliário adaptado. Todas as interfaces contam com recursos de desenho universal.
O Circuito Acessível Pedras Sabias inspirou a elaboração de uma cartilha que tem o objetivo de contribuir para que outros museus executem projetos similares. A cartilha, disponível nas versões impressa, on-line e pdf, contém todas as informações sobre o projeto Pedras Sabidas, incluindo as publicações técnicas da pesquisa, e diversos recursos sobre acessibilidade em museus, como legislação, normas e guias de outras instituições.
“A ideia é que o projeto e a cartilha inspirem os museus a, cada vez mais, promover a inclusão e a acessibilidade, que são partes essenciais de sua função social”, afirma Ana Cecília Rocha Veiga, professora da Escola de Ciência da Informação da UFMG e coordenadora-geral do convênio de pesquisa.

O projeto teve origem em estudos do pesquisador português Roberto Vaz, que desenvolveu no Museu das Minas e do Metal um protótipo de interface interativa acessível, juntamente com o grupo de pesquisa Graft/UFMG. A iniciativa gerou convênio internacional que uniu o museu, a UFMG e o Instituto Politécnico de Bragança (IPB), em Portugal, para a realização da pesquisa TI em museus de alta complexidade.
Premiação
O circuito acessível teve seu projeto premiado em 2016 pelo Programa Ibermuseus, que reúne instituições iberoamericanas, e recebeu US$ 10 mil que foram investidos em sua execução. A iniciativa foi custeada também pelo MM Gerdau, por meio da Lei Rouanet. Pessoas com deficiência contam com um roteiro de visitação que inclui outras atrações acessíveis já existentes no museu.
Fonte: UFMG