Dados apontam que o estado é o segundo do país em geração de empregos no setor; veja o estudo completo
Por Redação
O P7 Criativo, agência de desenvolvimento da indústria criativa de Minas Gerais, lançou a primeira edição do Radar Economia Criativa, um estudo realizado em parceria com a Fiemg, Sebrae e Fundação João Pinheiro.
O estudo se baseou na abordagem proposta pela Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento, que distingue três tipos de criatividade: artística, científica e econômica. As atividades incluídas no levantamento mineiro se dividem em quatro grupos: Mídia, Cultural, Criações funcionais e Tecnologia e Inovação.
Esses quatro grupos se desdobram em quatro subgrupos:
- Mídia: Produção editorial, Audiovisual, Música
- Cultura: Patrimônio Cultural, Atividades artísticas, Gastronomia
- Tecnologia e Inovação: Software, Conhecimento
- Criaçöes Funcionais: Arquitetura, Publicidade, Moda, Design, Móveis
O Radar Economia Criativa pode ser encontrado aqui.
O estudo
Segundo o Radar, 12 em cada 100 negócios da economia criativa no Brasil estão em Minas Gerais: são mais de 63 mil empresas – sendo grande parte de micro e pequeno porte. O estado é o segundo do país em geração de empregos no setor, com mais de 457 mil pessoas envolvidas em atividades da economia criativa, o que equivale a 9,84% das vagas formais na economia criativa no Brasil. São Paulo ocupa a primeira posição, com 31,6% dos empregos.
Os grupos representativos em MG com relação a geração de empregos são Cultura (54%), Criações Funcionais (30,3%), Tecnologia e Inovação (9,7%) e Mídia (6%). Já com relação à distribuição regional, os cinco municípios mineiros que concentram a maior quantidade de empregos da economia criativa são:
- Belo Horizonte (22%)
- Juiz de Fora (4,1%)
- Uberlândia (4,1%)
- Contagem (3,44%)
- Nova Serrana (2,10%)
Sobre o nível de escolaridade, entre os empregos formais em Minas Gerais, aqueles com nível superior completo, mestrado ou doutorado representam 5,62%, 2,42% e 3,51%, respectivamente.
A economia criativa gera cerca de R$ 788 milhões de renda mensal do trabalho, com destaque para os grupos “Cultura” (43,19%), “Criações Funcionais” (24,8%) e “Tecnologia e Inovação” (24,7%).
Outro dado relevante é o fato de que a média salarial mensal entre os empregados do gênero masculino é maior, mesmo nos grupos “Cultura” e “Criações Funcionais”, nos quais há mais participação feminina. No grupo “Tecnologia e Inovação”, há o maior desnível salarial entre os gêneros. As informações apontam que a cadeia de valor de economia criativa é marcada por uma diferença entre a remuneração percebida por homens e mulheres bem superior à diferença registrada o conjunto da economia brasileira. As mulheres recebem, em média, 30% menos nos setores criativos, e 15% menos nos setores que compõem o restante da economia.
Fonte: Diário do Comércio