Liderada por mulheres, a fazenda produz cafés especiais aliando tradição à inovação
Por Redação

O cheirinho do café é uma delícia, não é?! Agora imagina um com aroma de azeitona, um toque doce de caramelo e um leve gosto de chocolate? Hum! Este são alguns dos selos que distinguem o café produzido pela Fazenda Recanto, em Minas Gerais, que se transformou em uma referência neste tipo de produção, além de um exemplo do empreendedorismo feminino no campo.
Localizada na estrada que liga Machado a Poços de Caldas, no Sul de Minas, a Recanto é uma das maiores fazendas de café especial do Brasil e passa por suas terras uma história de cinco gerações.
Comandada atualmente pela jovem Paula Paiva, de 28 anos, filha de Maria Selma e Afrânio Magalhães, que estão à frente do negócio desde 1985, a fazenda se destaca por ter mulheres como líderes em um cenário extremamente liderado por homens.
A aposta está nos cafés especiais. A fazenda não tem marca própria, mas os grãos produzidos são vendidos no Japão, nos Estados Unidos e em Mianmar. Atualmente, a fazenda produz principalmente café tipo arábica, o de maior qualidade, e especialmente as variedades catuaí amarelo e bourbon. Para cada um deles são realizados testes de degustação em cinco temperaturas, o que, segundo a família Paiva, garantem notas sensoriais diferentes.
De acordo com os produtos, o segredo está no tratamento especial realizado antes e depois da colheita. A partir dele, a fazenda conseguiu obter um café totalmente diferenciado, com diversos aromas – azeitona, baunilha, chocolate, laranja e framboesa. O processo garante melhor qualidade e também um maior preço.
A união da tradição e inovação tecnológica resulta da produção de 6 mil sacas ao ano, a maior parte delas de café especial, a um preço de R$ 520.
Inovação não é algo que assusta os produtores. Sendo assim, a fazenda pretende continuar investindo em novas experiências, que vão desde o grão orgânico até a importação de mudas de café de outros países, como Mianmar.
Fonte: Uol