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Startups do agronegócios brasileiro driblam a falta de internet e se destacam no mercado

Segundo dados do 2º Censo AgTech, elas têm criado mecanismos, como rede própria ou coleta dos dados offline


Por Redação

Crédito: Censo AgTech Startups Brasil/Divulgação

Um levantamento realizado pelo Censo AgTech Startups Brasil apontou que das 184 empresas entrevistadas, 54% declararam que suas soluções dependem de internet. Dessa porcentagem, 32% afirmaram que esse problema impacta, diretamente, no crescimento.

Para José Tomé, CEO da AgTech Garage, uma das realizadoras do censo ao lado da Esalq/USP, o índice não é tão grande. “A conectividade poderia ser melhor? Sim. E daí talvez as startups teriam mais facilidades, mas elas têm criado mecanismos, como rede própria ou coleta dos dados offline e depois fazem download quando chegam à fazenda, para superar isso.”

Ainda de acordo com ele, esse trabalho de burlar os problemas de conectividade é uma vantagem das startups brasileiras em relação às estrangeiras que vêm para o Brasil.  Segundo Tomé, empresas internacionais, como as israelenses, estão acostumadas com uma conectividade melhor e precisam se adaptar para funcionar aqui.

O levantamento também mostrou que algumas startups brasileiras estão se internacionalizando: 14% afirmaram ter clientes fora do Brasil.

O CEO da AgTech Garage acredita que o levantamento ajuda todos os envolvidos a conhecerem e entenderem melhor o ecossistema, além de servir de base para que novas iniciativas de suporte sejam criadas.

Para acessar o censo completo, clique aqui.

Receptividade e segmentação

Outro dado do levantamento demonstra que os produtores têm aceitado bem as novas tecnologias.  Somente 13% das startups indicaram que a receptividade é muito baixa ou média. A maior parte apontou que ela é intermediária (42%).

Com relação aos estados de origem, 46% estão em São Paulo, 16% em Minas Gerais e 12% no Paraná. De acordo com o CEO, essas regiões concentram universidades, tecnologia e cultura empreendedora. “Mas isso indica apenas onde elas nasceram, elas podem atuar em outras partes do país também”, ressalta.

Entre os principais mercados das startups do agronegócio estão soja (46%), milho (41%), cana-de-açúcar (35%), pecuária de corte (30%) e leite (20%). Já no setor da pecuária, o censo apresentou um crescimento em relação ao último, de 2016. “Tenho visto pecuaristas aceitando bem a tecnologia e inovações surgindo, com algumas diferenças entre leite e corte. As voltadas para a primeira normalmente têm maior valor agregado e para a segunda o foco maior é em escala”. As áreas de atuação são as mais diversas e vão desde suporte à decisão (a primeira do ranking) à biotecnologia.

Cenário é otimista

José Tomé enxerga com otimismo o mercado para startups do agro e acredita que o ecossistema continuará crescendo em número e inovação, mesmo com a economia do país ainda em recuperação. “A tendência é ter um ambiente cada vez mais favorável de co-criação, de entendimento por parte dos parceiros, do produtor e do investidor. Está na infância, ainda tem muita coisa para acontecer”. De acordo com o censo, 36% das startups foram fundadas em 2017 e 23% em 2016.

Ao elencar os maiores desafios, ele acredita que o mais desafiador continua sendo a distribuição. Porém, Tomé afirma que este cenário tem sido amenizado devido às parcerias das startups com grandes empresas, o que permite que elas escalem e alcancem novos mercados.  

Além disso, no que se refere a investimento, José Tomé afirma que tem sido um desafio menor, já que o número de investidores tem crescido. “Além de empresas, grupos de anjos (pessoas físicas que investem capital nas startups) e fundos, acho que vai ficar cada vez mais comum o produtor fazer investimentos, como um anjo e validador de tecnologia.”



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