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UFMG desenvolve alimento para combater subnutrição

Bebida láctea fermentada foi produzida em laboratório e distribuída no Norte de Minas


Por Redação

Garrafas da bebida láctea feita com soro de queijo, leite, ferro e frutas
Crédito: Lucas Braga/UFMG

Com o objetivo de reverter os quadros de anemia e baixo peso de crianças da região norte de Minas Gerais, o Instituto de Ciências Agrárias (ICA) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) desenvolveu uma bebida láctea fermentada de baixo custo, que foi distribuída nas casas de família com meninos e meninas diagnosticados com subnutrição.

O projeto Desenvolvimento de alimentos para o combate à fome e à subnutrição infantil foi realizado em parceria com a Unimontes, Pastoral da Criança e com as secretarias de Saúde, de Educação e de Desenvolvimento Social de Montes Claros. Segundo o Observatório da Criança e do Adolescente da Fundação Abrinq, só em Montes Claros existem 1.415 crianças subnutridas. A distribuição da bebida produzida nos laboratórios da Universidade teve foco no desenvolvimento físico e cognitivo de crianças na faixa etária entre 2 e 6 anos.  

A identificação de crianças nessa situação começou nos atendimentos realizados nos postos de saúde da região. Essas informações iniciais foram enviadas para a equipe do projeto que se dirigiu às casas de seus familiares e apresentaram a bebida. Quando houve o interesse dos pais ou responsáveis na inclusão da bebida na rotina alimentar da criança, dados mais específicos foram coletados pelos bolsistas da UFMG para revelar o quadro exato de subnutrição.

Nos meses seguintes, porções de 200ml da bebida láctea foram fornecidas diariamente aos atendidos, ao mesmo tempo que análise de peso e outras medidas foram feitas para acompanhar os resultados do processo. Uma mudança positiva identificada, por exemplo, foi o aumento significativo dos níveis de proteína das crianças.

A bebida, produzida à base de soro de queijo e leite fermentado, suplementado com ferro e frutas do cerrado, foi disponibilizada em três sabores: butiá (ou coquinho azedo), mangaba e umbu.

O próximo passo do programa é desenvolver estudos com um número maior de crianças e buscar o apoio de organizações internacionais para que a ideia seja disponibilizada para outros países. Recentemente, o projeto foi escolhido para compor o Banco de Tecnologias Sociais da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e do Banco do Brasil.

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