Bruno Vidal desenvolveu o projeto para compensar o gasto energético envolvido em tese de Doutorado
Por Da redação
O projeto “O Despertar do Gigante” foi idealizado pelo bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Bruno Vidal, com mais três amigos da Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente de Lorena e Floresta Nacional – Flona – ICMBio. A equipe desenvolveu atividades de recuperação ambiental com sistema agroflorestal, hortas comunitárias orgânicas, educação ambiental infantil e produção de mudas de árvores nativas.
Segundo Bruno as panelas de aciaria são reatores industriais usados para o refino secundário do aço nas aciarias. Estas panelas possuem revestimento refratário de magnésia-alumina-carbono na linha de metal e magnésia-carbono na linha de escória. Cada panela de aciaria possui cerca de 90 toneladas de refratário e transportam cerca de 230 toneladas de metal liquido com temperaturas próximas à 1600 °C.
O bolsista explica que a tese de doutorado foi desenvolvida para ajudar a elevar a vida útil de revestimentos refratários de Panelas de Aciaria de Usinas Siderúrgicas de grande porte, tema de elevado interesse do setor siderúrgico e de produção de refratários. A tese de doutorado elevou o conhecimento sobre o tema com a finalidade de gerar subsídio técnico-científico destes revestimentos, gerando benefícios ambientais, sociais e econômicos.
O processo
“Durante o refino do aço ocorre simultaneamente processos de oxidação/corrosão/choque térmico do revestimento refratário, causando a redução da vida útil do revestimento e favorecendo a elevada geração de resíduo refratário. Cada panela gera ao longo de sua campanha cerca de 40 toneladas de resíduos refratários, sendo que cada panela possui um ciclo de vida de revestimento refratário de 100 ciclos de produção de aço em aciarias com ótimo desempenho”. Explicou Bruno.
Benefícios ambientais
Durante o projeto, foram obtidos resultados sócio-ambientais como produção e plantio de mais de 3.500 mudas de árvores nativas, implementação de duas hortas comunitárias agroecológicas na cidade de Lorena, realização de diversas oficinas sustentáveis de formação em Permacultura (compostagem doméstica, sabão com óleo usado, recuperação da vida do solo, entre outros), formação ambiental por meio de vivências na Floresta de Lorena de mais de 200 crianças e de professores da rede municipal da cidade.
*com informações do CNPq
Foto: Wikicommons
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