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O sol esquenta o mercado de inovação em Minas

Tecnologia de filmes plásticos orgânicos, conhecidos como OPV, vai projetar Minas Gerais no cenário mundial de energia limpa


Por Alysson Lisboa/SIMI

O sol nasce para todos e brilha mais forte em Minas Gerais. Pelo menos esse é o esforço da empresa mineira Sunew que produz filmes finos orgânicos, conhecidos como OPV (Organic Photovoltaics). Limpa, abundante e renovável, a energia solar no Brasil ainda é pouco aproveitada, mas tudo é uma questão de tempo. “A Alemanha é líder na geração de energia solar, mas temos diversos fatores que podem colocar o Brasil na liderança do setor”, afirma Marcos Maciel, presidente da Sunew. Para se ter uma ideia, o pior local de incidência solar no Brasil é ainda 40% mais potente que o melhor lugar de incidência na Alemanha. E o país europeu já tem 50% de sua energia gerada pelo sol. A energia solar – olhando o gráfico da matriz energética do Brasil – é a de maior crescimento nos próximos 10 anos.

A Sunew é uma spin-off, ou seja, a empresa nasceu do grupo de pesquisa da Csem, desenvolvedora da tecnologia. As duas empresas ficam dentro do campus do Cetec – Centro de Inovação e Tecnologia Senai/Fiemg, em Belo Horizonte.

O uso do sol para geração de energia não é novo. O mercado de painel de silício tem escala mundial desde meados da década de 1970. A segunda tecnologia, chamada filme fino, também já é bastante difundida. A terceira geração, os filmes plásticos orgânicos (OPV), além de transparentes, têm diversas vantagens, entre elas, flexibilidade, facilidade de transporte e aplicação. O produto pode revestir edifícios, grandes superfícies, casas, barracas militares, automóveis e até pequenos acessórios como bolsas e mochilas. O primeiro prédio que ganha o revestimento está localizado em São Paulo e a reforma da Catedral do Rio de Janeiro deve também receber a tecnologia OPV.

Carros e celulares mais eficientes
Parceria entre a Sunew e a Fiat permitirá, nos próximos anos, a aplicação dos painéis no teto dos automóveis. A energia gerada deve proporcionar uma redução no consumo de combustível próximo a 3%. Outra opção, que já está sendo testada, é a instalação de um ventilador nos carros que funcionaria enquanto o automóvel fica estacionado sob o sol. O objetivo é reduzir o calor interno nos carros. Outra novidade que vai agradar em cheio é a pesquisa sobre as capas para smartphones e tablets. A proposta é que o dispositivo receba carga mesmo na incidência de luz artificial, como nos escritórios e residências.

“Não podemos perder essa nova onda” afirma Marcos Maciel, presidente da Sunew. O Brasil deve começar a exportar o OPV nos próximos anos. Precisamos dominar a tecnologia no Brasil e trabalhar constantemente em pesquisa e desenvolvimento reduzindo custos e ampliando a cadeia de valor. “Temos a oportunidade de transformar Minas Gerais no maior produtor mundial de OPV”, comemora Maciel.

CSEM Brasil apresenta a SUNEW (energia solar orgânica) from CSEM Brasil on Vimeo.

Foto: CSEM Brasil/Divulgação

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