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Pesquisadores brasileiros criam pomada contra picada de aranha-marrom

Ação do veneno da aranha pode levar até a óbito. Pesquisa foi desenvolvida no Instituto Butantan, em São Paulo


Por Redação Simi com BBC News Brasil

A picada da aranha-marrom em alguns casos pode levar à morte. Pesquisadores desevolvem pomada que pode ser a solução do problema
Crédito: Reprodução da internet

Uma aranha que mede apenas dois centímetros atacou, somente em 2016, cerca de 7 mil pessoas no Brasil. O veneno produzido pela aranha-marrom (Loxosceles sp) pode causar necrose da pele, falência renal e até a morte das vítimas.

Para diminuir esses problemas, cientistas do Instituto Butantan (IB) desenvolveram uma pomada cujos efeitos curativos já foram comprovados em testes realizados em animais. Segundo Denise Tambourgi, pesquisadora do Instituto e principal responsável pelo trabalho, a pomada desenvolvida é feita à base de tetraciclina, substância conhecida e já usada como antibiótico.

Além de lesão cutânea, que ocorre em 80% dos casos e pode levar meses para ser curada, a picada também pode provocar efeitos sistêmicos, como a alteração, dissolução ou destruição dos glóbulos vermelhos do sangue, agregação plaquetária, que causa coágulos nos vasos sanguíneos, dificultando ou impedindo a circulação, além de inflamação e falência renal, que podem levar à morte.

Decifrando a ação do veneno

Ao longo do trabalho, os pesquisadores decifraram o mecanismo de ação do veneno lançado pela aranha-marrom e também a forma sistêmica e cutânea da doença. Os primeiros testes, realizados em cultura de células de pele humana e em animais, começaram a ser feitos em 2005 e se estenderam até agosto de 2018.

“Realizamos vários experimentos, aplicando o veneno da aranha-marrom nas culturas”, explica Denise. “Como esperávamos, as células morriam. Depois, as expomos à toxina e à tetraciclina, em várias dosagens, ao mesmo tempo. Constatamos, então, que o veneno não era mais capaz de matar as células”, completa Denise Tambourgi.

A pomada ainda está em testes clínicos, mas poderá chegar às farmácias em breve. Depois de aprovada nos ensaios, ela ainda precisa ser liberada para uso em humanos e para comercialização pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Além de acidentes com a picada da aranha-marrom nas Américas do Sul, Central e do Norte, nos últimos anos ocorreram também relatos na Europa, em países como Espanha, França, Portugal e Itália – este último chegou a registrar um caso de morte.

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