Medicamento testado em camundongos foi desenvolvido por cientistas mineiros
Por Paula Isis/SIMI
Ele já foi um dos mais importantes metais extraídos em Minas Gerais durante o período de colonização. Quase três séculos depois do início do Ciclo do Ouro, o metal pode ser um forte aliado no desenvolvimento da vacina contra a dengue, um dos principais problemas de saúde pública do Brasil.
A base do medicamento, composta por nanopartículas de ouro, foi desenvolvida pelo grupo de pesquisas em nanobiomedicina ligado ao departamento de física da Universidade Federal de Minas Gerais.
Em entrevista ao programa Ondas da Ciência da Fapemig, a pesquisadora Alice Freitas Versiane explica que as nanoparticulas são muito mais fáceis de serem manipuladas. “Como elas não são substâncias orgânicas, podemos fazer qualquer manipulação química em sua superfície e inserir o que quiser como, proteína e DNA”.
Ainda de acordo com Versiane, a vacina já foi testada em camundongos e o resultado foi surpreendente. “A produção de anticorpos para o nosso produto foi muito alta em comparação com a proteína pura, bastante comum no setor”, ressalta.
Além disso, ao utilizar as nanopartículas de ouro, eles conseguiram uma produção de anticorpos neutralizantes que impede que o vírus infecte a célula, o que para o combate ao vírus da dengue é o que realmente funciona, segundo a pesquisadora.
*Com informações da Fapemig
Leia também:
– Hub em Belo Horizonte abre novos postos de trabalho em TI
– Inscrições abertas para o Brazil Startup Summit
– Opinião: Cidades inteligentes para melhorar a gestão pública
Fonte: