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Pesquisadores mineiros descobrem o mais longo vírus já isolado

Tupanvírus é considerado por alguns um elo perdido na história da virologia e pode contribuir para a criação de novos modelos de diagnóstico de doenças


Por Redação

Equipe de pesquisadores responsável pela descoberta do vírus
Crédito: Divulgação

Pesquisadores mineiros, apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), descobriram o vírus mais longo já isolado do planeta. O Tupanvírus foi identificado nas lagoas salinas do Pantanal e em amostras coletadas a três mil metros de profundidade no oceano.

O vírus pode chegar a 2.3 micrômetros e, por isso, se caracteriza como o mais longo do planeta. Seu conjunto completo de genes permite expressar suas próprias proteínas com grande autonomia em relação às células do hospedeiro. Isso faz com que o Tupan seja um candidato para a produção de proteínas heterólogas e expressão de proteínas de interesse humano.

O vírus foi descoberto por pesquisadores liderados por Jônatas Santos Abrahão, do Grupo de Estudo e Prospecção de Vírus Gigantes (GEPVIG) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com pesquisadores da Aix Marseille University (França).

A prospecção foi realizada em vários biomas brasileiros, incluindo o Pantanal, onde o Tupan foi encontrado, e em amostras do fundo do mar coletadas em parceria com a Petrobras. O vírus encontrado nas duas localidades é diferente, porém, compartilha características essenciais, como uma cauda muito comprida associada à parte principal da estrutura, algo que nunca antes tinha sido identificado em um vírus gigante. “Além disso, cerca de 1/3 do genoma do Tupan não se parece com nada já descrito, é um grande mistério. Todos querem saber de onde ele veio e o que originou depois”, conta Abrahão.

A expectativa do grupo é tornar possível, em médio ou longo prazo, o desenvolvimento de testes e diagnósticos mais eficazes para doenças com a dengue, a partir da produção de proteínas em vírus gigantes em um modelo mais próximo da proteína original do envelope do vírus da dengue que circula no corpo de quem está com a doença.

A descoberta será publicada na próxima edição do periódico Nature Communications e é a primeira etapa de um projeto financiado pela Fapemig, que prevê a produção de proteínas heterólogas utilizando vírus gigantes.

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